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BCP diz que fusão com Atlântico permite "dar o salto" em Angola

A fusão entre o Banco Millennium Angola e o Banco Privado Atlântico, anunciada recentemente, vai permitir que aquela operação do BCP acompanhe as exigências relacionadas com o desenvolvimento da economia angolana, considerou Nuno Amado, líder do banco português.

Público:

"Entendemos que, se quisermos estar em Angola com um nível de rentabilidade e com um contributo para o desenvolvimento da economia angolana ao nível que gostaríamos de ter, temos que dar um salto na nossa presença lá, e pensamos que um banco como o que temos lá, com uma quota de três a quatro por cento, não tem dimensão suficiente para o fazer", afirmou o gestor.

Nuno Amado, que falava durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano do BCP, acrescentou que "um banco que saia da fusão com o Atlântico, com uma quota de nove a 10 por cento do mercado, já tem dimensão, estrutura e até accionistas para o fazer".

Sobre a actual situação da economia angolana, que tem sofrido o impacto da quebra dos preços do petróleo, Nuno Amado desdramatizou e considerou que a mesma até pode ser benéfica a prazo para o nosso país. "Em Angola, consideramos que tivemos um bom desempenho nos primeiros nove meses do ano, num enquadramento complexo e difícil. Tivemos um ajuste da economia que é necessário e que vai continuar com os preços do petróleo mais baixos", assinalou.

E destacou: "Estamos confiantes no desenvolvimento da economia de Angola num ciclo menos dependente do petróleo e mais dependente da economia interna, que eu penso que é bem-vinda".

Questionado sobre o plano de reestruturação da Sonangol - o maior accionista do BCP, com uma participação superior a 19 por cento - anunciada em meados de Outubro pelo Governo, Nuno Amado jogou à defesa. "Quanto à Sonangol, não posso fazer qualquer comentário. Eles é que podem fazer comentários sobre nós porque eles são nossos accionistas. Nós não somos accionistas da Sonangol e não podemos fazer qualquer comentário", vincou. "Só dizemos que tudo o que for positivo para a economia de Angola, é positivo para o BCP e também para Portugal, porque são economias e povos que têm uma relação muitíssimo próxima", rematou o responsável.

O Millennium Angola e o Atlântico vão avançar com uma fusão no mercado nacional, com o Banco Comercial Português (BCP) a ficar com uma participação de 20 por cento no novo banco, anunciou a instituição portuguesa a 8 de Outubro.

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