A transformação da casa em centro cultural remonta a 2000, num acto que foi na altura presidido pelo ministro da Educação e Cultura da altura. Desde então que se assume como Centro Cultural Dr. Agostinho Neto, recebendo por mês, segundo o Jornal de Angola, mais de 200 visitantes.
As pessoas que por ali passam, cuja maior parte são jovens, buscam saber mais sobre a vida e obra de Agostinho Neto, bem como compreender a extensão do seu pensamento político, cultural e humanista, já que aquele espaço conta parte da história de vida do fundador da Nação, evidenciando a sua determinação e dedicação em prol da liberdade do povo angolano e a sua contribuição para a valorização da cultura nacional.
Creme, cinza e branco pintam a casa, que tem um busto à entrada e numa das paredes tem uma placa que a identifica como 'Centro Cultural Dr. Agostinho Neto'.
A árvore genealógica do primeiro Presidente do país, fotos da sua infância, recortes de jornais a noticiarem as suas conquistas são algumas das coisas que os visitantes podem encontrar neste sítio que, segundo o Jornal de Angola, conta com duas salas de informática equipadas com 16 computadores cada, biblioteca, atelier, sala de exposição, entre outros.
Outro aspectos a referir é a sala de actividades do centro, cujo cenário do palco inclui um painel a mostrar a fugida de Neto de Portugal para Marrocos, em 1962.
Segundo Carlos Torres, director-adjunto do centro cultural, aquele espaço concretiza diversas actividades de carácter de música, dança, teatro, etc.
"O nosso trabalho incide muito nas escolas, universidades e não só, de modo a informar aos estudantes quem foi o primeiro Presidente de Angola e as suas obras", apontou o responsável, que acrescentou que a biblioteca é "aberta para o público".
Explicou ainda que a tutela do espaço é assumida pelo governo da província de Luanda, sob a responsabilidade da direcção da cultura e acrescentou: "Antes da sua transformação, a casa tinha inquilinos. Depois, o Estado decidiu torná-lo em centro cultural".
Entre outros aspectos, disse que se trata de uma casa com história que já foi visitada por vários nacionalistas. "Esta casa tem história. Muitos nacionalistas passaram por aqui, como Hoji-ya-Henda, Deolinda Rodrigues, Roberto de Almeida, Simão Toco, que são alguns nomes ligados ao nacionalismo angolano", referiu, citado pelo Jornal de Angola.