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Ligação ferroviária Angola-Namíbia está pronta para avançar e vai custar 700 milhões de dólares

A ligação ferroviária entre Angola e a Namíbia vai avançar. Baptizado de ‘Trans-Cunene’, o projecto está a ser desenvolvido pela namibiana Global Business Development (GBD) e encontra-se avaliado em 700 milhões de dólares.

: Facebook Governo Provincial Do Namibe
Facebook Governo Provincial Do Namibe  

Em comunicado, a que o VerAngola teve acesso, o governo provincial do Namibe explicou que, quando estiver terminado, o referido projecto vai ligar Angola e a Namíbia através dos Caminhos de Ferro de Moçâmedes (CFM).

"A conexão entre Angola e Namíbia será feita pela linha Moçâmedes-Lubango-Cunene, numa extensão de 400 quilómetros", adianta o governo provincial.

Segundo Harold Luttichau, responsável do consórcio – que falava no âmbito da apresentação, na passada Quinta-feira, do projecto ao governo do Namibe –, o projecto abrange a construção de um novo troço ferroviário de 400 quilómetros, entre o Lubango e o Cunene, bem como a requalificação da linha que já há entre Lubango-Moçâmedes.

As obras deverão ter duração de 15 meses, sendo que este projecto trará "muitas valias não só para Angola e a Namíbia, mas em quatro outros países da região".

O responsável da GBD explicou ainda que tudo o que será transportado nesta linha "vai desembocar no Porto do Namibe".

"Este projecto de ligação ferroviária vai trazer muitas valias, não só para Angola e a Namíbia, mas em quatro outros países da região. Tudo que se vai transportar nesta linha vai desembocar no Porto do Namibe. No arranque do projecto, nós vamos focar-nos naquilo que são as dificuldades existentes para depois passarmos à fase seguinte", explicou, citado pelo Jornal de Angola.

Segundo o governo provincial do Namibe, o projecto deverá também impulsionar a geração de emprego, dando primazia aos cidadãos que vivem ao longo da futura linha.

"O projecto prevê a criação de empregos, com prioridade para a comunidade que vive ao longo da linha a ser construída e reabilitada, vai aumentar o volume de negócios do Porto do Namibe e dinamizar a actividade económica no corredor da região sul", lê-se no comunicado.

Já Francisco Mário, delegado do CFM, salientou a relevância do 'Trans-Cunene' para a evolução dos transportes no Namibe, bem como para o estímulo do comércio na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Assim, considerou que o projecto "vem completar exactamente este transporte multimodal entre o Corredor da Região Sul e o porto do Namibe, que se prende com a exportação das matérias-primas abundantes no Sul de Angola".

"Também vai criar uma cadeia de valores para os transportes e na empregabilidade dos jovens que vão trabalhar no projecto. Concomitantemente, os vários operadores económicos da região vão concorrer para a exploração dessa cadeia de valores ", disse, citado pelo Jornal de Angola.

Enquanto Domingos Delfim, administrador executivo para a Área Comercial do Porto do Namibe, informou que o projecto será incluído no plano de reabilitação da Baía de Moçâmedes.

"Neste momento, 90 por cento das mercadorias movimentadas no Porto do Namibe são para a exportação, e com a conclusão do Projecto Integrado da Baía de Moçâmedes, que está previsto para Novembro de 2025, estamos a prever triplicar o volume de carga movimentada", acrescentou o responsável.

Segundo o governo provincial do Namibe, o 'Trans-Cunene' foi apresentado por Harold Luttichau, tendo, na ocasião, uma delegação do CFM, encabeçada pelo administrador para a Área Técnica, José Gaspar Kamunda, sido recebida pelo vice-governador provincial do Namibe, Abel Kapitango.

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