O anúncio foi feito, esta Segunda-feira, pelo director deste projecto jornalístico, Maurício Vieira Dias, referindo que a iniciativa para a cobertura dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) terá dinâmica semelhante à do Polígrafo de Portugal, que se dedica ao 'fact-checking', ou seja, à confirmação de factos e dados apresentados em discursos, sobretudo de políticos, no espaço mediático e redes sociais.
"Claramente que são realidades diferentes, mas tudo aquilo que o Polígrafo português faz o Polígrafo africano fará, ou seja, o nosso foco são os cinco países africanos de expressão portuguesa", disse o jornalista à Lusa, salientando que a publicação vai para além do jornalismo tradicional.
Maurício Dias afirmou que os profissionais do Polígrafo africano vão confrontar os discursos (de políticos e/ou governantes e demais entidades) com os documentos oficiais "e, se não conferir", é colocado "o selo de falso", podendo ainda ser classificados com os selos de "verdadeiro" ou "impreciso nas declarações ou abordagem".
"Em suma, tudo aquilo que tem feito o Polígrafo Portugal faremos em Angola, claro respeitando sempre os padrões do jornalismo", sustentou.
Pelo menos 20 jornalistas, espalhados por Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, devem integrar a redacção desta publicação 'online' nesta fase embrionária, sendo que "infalivelmente" o 'site' estará no ar na Terça-feira.
Maurício Vieira Dias, que vai chefiar a redacção central do Polígrafo África, em Luanda, garantiu também que a sustentabilidade financeira do projecto "está garantida" e que a sua direcção tem acordo com a Meta Platforms (dona de plataformas como o Facebook, o Instagram ou o Whatsapp).