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Angolana dá à luz a bordo de navio-hospital chinês atracado em Luanda

O nascimento de um bebé no navio-hospital chinês “Arca da Paz”, que esteve atracado no Porto de Luanda até esta Terça-feira, foi um dos casos de destaque durante a passagem do referido navio por águas nacionais. Baptizado de Abner Rubi Lima Marcelino, o menino não só nasceu a bordo do navio como ganhou também nacionalidade chinesa.

: Facebook Polícia Nacional de Angola
Facebook Polícia Nacional de Angola  

Tudo começou na passada Sexta-feira, quando a mãe, Sónia Lima, que estava no último mês da gravidez, depois de ter sentido algumas contracções, procurou assistência médica para saber se o seu bebé estava bem.

Após ser examinada, a mulher de 30 anos recebeu uma ordem médica para ser internada e se avançar com o parto.

Sónia Lima mostrou-se surpresa com a decisão médica: "Não esperava por isso, o meu objectivo era apenas saber se o bebé estava bem, porque nos últimos dias estava a sentir-me mal", referiu, citada pelo Jornal de Angola.

A equipa médica do navio efectuou o trabalho de parto com sucesso, tendo Sónia Lima dado à luz um menino. O bebé foi baptizado de Abner Rubi Lima Marcelino, tendo os médicos chineses não só dado um nome ao bebé como também assegurado nacionalidade chinesa para o pequeno Abner.

"O nome Rubi foi dado pelos médicos chineses que garantiram dar nacionalidade ao menino", referiu a mãe, que deixou agradecimentos à equipa médica e ao Governo.

O caso desta jovem mãe chamou a atenção da Polícia Nacional, que prestou solidariedade à angolana. Segundo um comunicado da Polícia Nacional, a que o VerAngola teve acesso, a 2.ª Comandante da Unidade de Polícia de Segurança Portuária, Superintendente-Chefe, Ngandala Chissuata, fez, no passado Domingo, uma "visita de solidariedade" a Sónia Lima.

"A responsável policial mostrou-se comovida com a situação, tendo felicitado a cidadã angolana Sónia Lima", lê-se no comunicado, que refere ainda que o bebé nasceu no dia 6 de Setembro com mais de três quilogramas e que teve alta no Domingo.

O navio-hospital chinês chegou a Luanda na passada Quarta-feira e deixou o país esta Terça-feira. Ao longo destes dias, o navio atendeu mais de seis mil pacientes com várias doenças, destacando-se a concretização de grandes cirurgias.

A adolescente de 16 anos, Eliberta Simões, foi um dos casos alvo de cirurgia no navio. Na passada Sexta-feira, os médicos do navio realizaram uma cirurgia para retirar uma catarata do olho esquerdo de Eliberta Simões, que sofreu um ferimento no olho há dois anos ao intervir numa luta de gangues para tentar ajudar o irmão.

Segundo a adolescente, os médicos recomendaram-na a ir procurar tratamento em Benguela, mas a falta de dinheiro impossibilitou a deslocação, piorando a situação.

"O meu problema só piorava", referiu Eliberta Simões, que, citada pelo Jornal de Angola, disse que agora já consegue "ver um pouco as coisas".

"Com as gotas que recomendaram, a minha situação está a melhorar", acrescentou, deixando agradecimentos aos profissionais chineses.

As consultas gratuitas concretizadas no referido navio enquadraram-se na cooperação entre a Marinha da China e a Marinha de Guerra Angolana (MGA).

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