No debate desta Quarta-feira, João Lourenço apresentou os progressos de Angola no que diz respeito ao combate à corrupção, destacando "a atitude bastante responsável e de respeito à soberania" angolana demonstrada pelas autoridades do Reino Unido, ao devolverem ao país 2.5 mil milhões de dólares que se encontravam num banco em Londres.
Por outro lado, o Presidente da República lamentou o facto de os países que aceitaram receber activos da corrupção, sem questionar as origens dos mesmos, não respeitarem as sentenças dos tribunais angolanos.
"Alguns desses países se arrogam mesmo ao direito de questionar a credibilidade dos nossos tribunais, quase que querendo rever as sentenças emitidas pelos mesmos, como se de órgãos de apelação extra-territoriais se tratasse", afirmou, na reunião que decorre até ao dia 30 deste mês, na sede da ONU.
Esses activos, vincou o Presidente, são propriedade dos Estados africanos já empobrecidos ao longo do período colonial e fazem muita falta para a construção de infra-estruturas escolares, hospitalares, de energia e água, rodoviárias, entre outras.
João Lourenço reforçou ainda que os recursos que advêm da recuperação de activos têm um efeito directo sobre a implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, consequentemente, sobre a melhoria das condições gerais de vida das populações.