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Presidente do BAD: Angola “não tem necessidade de importar alimentos” e deve meter agricultura no topo das prioridades

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, em declarações à imprensa para balanço final da visita que realizou, na Sexta-feira, a Angola, disse que o país “não tem necessidade de importar alimentos”, porque é rica em terras aráveis e explora apenas 17 por cento, frisando que no encontro com o Presidente da República, João Lourenço, incentivou a colocar a questão da agricultura no topo das prioridades.

: Facebook Presidência da República - Angola
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"Temos um programa para fornecer tecnologias para o arroz, milho e soja, em particular para a agricultura angolana", frisou.

No que se refere ao sector das energias, Adesina frisou que o BAD quer apoiar o sector privado angolano, porque o país não tem nenhum produtor independente de energia, manifestando também apoio desta instituição financeira africana na estrutura de tarifas de energia, incentivando o investimento privado.

Na ocasião, o presidente do BAD disse ainda que depois da pandemia da covid-19 África recebeu apenas três mil milhões de dólares, dos 650 mil milhões de dólares dos Direitos Especiais de Saque (SDRs) FMI.

Akinwumi Adesina disse que estão ainda por alocar a quase totalidade dos 650 mil milhões de dólares.

Segundo o presidente do BAD, esta diferença mostra uma desigualdade entre países ricos com os de menos rendimentos, salientando que os países africanos defendem uma realocação de cerca de 100 mil milhões de dólares, mas há vários desafios, um dos deles garantir que os direitos continuem a ser um activo de reserva.

O responsável frisou que o BAD está a trabalhar com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com a liderança do FMI, para canalizar esses direitos que podem ser usados como capital híbrido para os bancos multilaterais, sem que corram o risco de perderem dinheiro.

"O FMI concordou que farão 15 mil milhões de dólares de SRD, que os países vão canalizar para os países que pretendem ajudar, estamos a trabalhar actualmente com o BID, com o que chamamos apoio de liquidez", disse, acrescentando que se juntou um grupo de cinco países para ter um acordo de apoio de liquidez.

"Estamos a falar da Arábia Saudita, a China, Emiratos Árabes Unidos, o Japão, França e temos muito ainda a fazer", acrescentou.

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