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Angola reafirma estabilidade político-militar na província de Cabinda

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República reafirmou, esta Sexta-feira, em Cabinda, que aquela província vive um clima de “estabilidade do ponto de vista de segurança e defesa do território”.

: Facebook Governo Provincial de Cabinda
Facebook Governo Provincial de Cabinda  

Francisco Pereira Furtado, que se deslocou àquela região petrolífera, no norte do país, em trabalho, admitiu que apesar da estabilidade, as autoridades têm vindo a acompanhar "com apreensão a situação concreta de Cabinda".

"Cabinda vive uma estabilidade do ponto de vista de segurança e defesa do território, mas fenómenos com incidência em actos preparados a partir de territórios vizinhos têm criado, periodicamente, algumas situações de instabilidade na orla fronteiriça, particularmente com a República Democrática do Congo [RDCongo]", disse Francisco Pereira Furtado.

Sem especificar esses actos, o chefe da Casa Militar do Presidente da República referiu que este quadro tem vindo a alterar-se.

"Felizmente, de um tempo a esta parte, os nossos vizinhos (...), fruto de um trabalho realizado entre os serviços de segurança e inteligência de ambos países, as autoridades da República Democrática do Congo compreenderam que a boa vizinhança e a garantia da segurança na fronteira comum (...), particularmente na região fronteiriça da província de Cabinda, deve ter outro rumo", frisou.

Segundo Francisco Pereira Furtado, as autoridades da vizinha RDCongo começaram a realizar acções para "eliminar as lacunas que existiam, no tocante a forças hostis, que podem criar instabilidade ao longo da fronteira comum".

"No entanto, temos ainda outros factores de risco, nomeadamente o contrabando de géneros alimentícios, riscos e ameaças no transporte de passageiros e de cargas, ao longo da via fluvial entre o Soyo [província do Zaire] e Cabinda e temos tido consequências que são do domínio de todos, com a perda de vidas humanas e de meios, que podiam ser salvaguardados se as condições (...) estivessem melhor asseguradas e com a estabilidade que merece", referiu.

O governante salientou que as autoridades estão também preocupadas com o fenómeno do contrabando de combustíveis, do garimpo e contrabando do ouro, a imigração ilegal e a segurança da costa marítima e dos objectivos estratégicos existentes na província de Cabinda.

O tráfico de seres humanos, tráfico e contrabando de armas, a pesca ilegal e a insegurança à volta das plataformas petrolíferas foram igualmente citadas por Francisco Furtado, assinalando que "têm criado inúmeros constrangimentos às empresas do sector petrolífero e têm constituído riscos e ameaças para a segurança destes objectivos instalados ao longo da costa marítima".

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