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Sociedade Visita oficial do primeiro-ministro português

FLEC-FAC apela a Governo português para denunciar “atrocidades” contra Cabinda

A FLEC-FAC, movimento independentista de Cabinda, apelou ao Governo português que denuncie uma série de “atrocidades” alegadamente praticadas pelo “regime de João Lourenço no território de Cabinda”, denunciando a morte, esta Segunda-feira, de sete mulheres.

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"A direcção política da FLEC-FAC apela ao Governo português para que denuncie claramente as atrocidades, crimes de guerra e graves violações do direito internacional humanitário, as acções repressivas do regime de João Lourenço no território de Cabinda", refere o comunicado divulgado esta Segunda-feira, assinado pelo porta-voz da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda-Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC), Jean Claude Nzita.

No comunicado, a organização que reivindica há vários anos a autonomia de Cabinda, província petrolífera no norte do país, denunciou, esta Segunda-feira, que sete mulheres civis foram mortas pelo exército angolano, suspeitas de serem esposas de militares da FLEC-FAC, na fronteira de Mbata-Mbengi.

Segundo a nota, os militares angolanos lançaram uma vasta campanha de perseguição contra civis inocentes de Cabinda que vivem na fronteira.

"Perante as violações dos direitos humanos cometidas pelo exército angolano na fronteira entre Cabinda e a República Democrática do Congo, a FLEC-FAC apela ao primeiro-ministro português, Luís Montenegro, a condenar severamente os cabindas indefesos e exorta-o a denunciar a agressão do território de Cabinda pela invasão militarmente por Angola", adianta o comunicado.

De acordo com o documento, "o conflito militar está a ameaçar a segurança dos países vizinhos".

A FLEC mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo do país, alegando que o enclave era um protectorado e não parte integrante do território angolano.

Os cabindenses lembram o Tratado de Simulambuco, assinado em 1885 pelos príncipes, chefes e oficiais do reino de Angoio e o representante da coroa portuguesa, Guilherme Augusto de Brito Capello.

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