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Instituições internacionais “impotentes” e “sem soluções” para os desafios actuais, considera João Lourenço

O Presidente, João Lourenço, defendeu reformas profundas na governação global e nas instituições internacionais que considerou “impotentes” e “sem soluções” para responder aos desafios actuais.

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João Lourenço, também Presidente em Exercício da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP), discursou na Quarta-feira à noite na abertura da primeira reunião da troika de Chefes de Estado e de Governo dos 76 países que integram este grupo.

Dirigindo-se aos seus homólogos, destacou a importância da acção colectiva, e considerou fundamental o "espírito de unidade", para que os países que integram a organização se tornem mais fortes e consigam responder aos complexos desafios que enfrentam.

O chefe de Estado apontou o "momento particularmente difícil" que o mundo atravessa com o proliferar de guerras, terrorismo, golpes de Estado, alterações climáticas e pandemias que trazem consigo crises humanitárias, alimentares e energética, sublinhando que estes países são "as primeiras e principais vítimas".

"O mais grave é o facto de constatarmos que as instituições internacionais criadas para lidar com este tipo de situações e dar-lhes solução em tempo útil demonstraram estar impotentes e sem soluções à altura dos desafios actuais", criticou o Presidente.

João Lourenço afirmou que são necessárias reformas profundas da governação global e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para melhor lidar com as questões da paz e segurança, bem como de instituições financeiras como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do Comércio, "numa altura em que não vislumbramos um horizonte risonho para tirar os nossos países do prolongado estágio de subdesenvolvimento em que se encontram".

Sobre a OEACP, organização que agrupa 1,5 mil milhões de pessoas, de três continentes e 79 países, afirmou que "representa uma força não negligenciável no concerto das nações", pelo papel na construção de um mundo de paz e segurança.

"Temos uma responsabilidade que devemos assumir com unidade e coesão entre nós para enfrentarmos os desafios do mundo contemporâneo e contribuir para a superação dos problemas que nos são colocados", apelou, garantindo que a presidência angolana será "activa, inclusiva e orientada para resultados positivos".

Ao concluir, reiterou o compromisso com os princípios e objectivos da OEACP, tendo em vista a concretização do lema da Cimeira de Luanda: Três Oceanos, Três Continentes, Um Destino Comum e uma OEACP Resiliente e Durável.

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