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Presidente defende reformas profundas da arquitectura financeira internacional

O Presidente defendeu, em Havana, Cuba, reformas profundas da arquitectura financeira internacional, que podem contribuir significativamente para o acesso de países em vias de desenvolvimento a fontes de financiamento seguro e previsível.

: CIPRA
CIPRA  

"Continuaremos a lutar por reformas profundas da arquitectura financeira internacional e da sua governação, através de uma representatividade justa nos principais organismos mundiais de tomada de decisão e elaboração de políticas", disse João Lourenço quando discursava na Sexta-feira na Cimeira de chefes de Estado e de Governo do Grupo dos 77+China.

Segundo João Lourenço, estas reformas serviriam para melhorar o acesso dos países em desenvolvimento a fontes de financiamento seguro e previsível, necessários ao inadiável investimento na ciência, tecnologia e inovação, incluindo as tecnologias de comunicação e informação.

João Lourenço considerou estes instrumentos "fundamentais", para se enfrentar os desafios globais e ajudar a impulsionar e acelerar o ritmo da diversificação e transformação económicas, bem como aumentar a produtividade e a competitividade, para se realizar os objectivos traçados na agenda 2030.

"Para se desenvolverem, nossos países precisam de ter acesso ao financiamento de longo prazo, com condições favoráveis de reembolso, para que possamos investir nas principais infra-estruturas como redes rodoviárias e ferroviárias, na produção e distribuição de água e energia, no saneamento básico, nas redes de informação e comunicações, para realizarmos algum dia o sonho de nos tornarmos também países industrializados", frisou.

O chefe de Estado disse, também, que a unidade e solidariedade do Grupo dos 77+China sobre questões de interesse comum nos debates e fóruns internacionais são essenciais para fazer avançar as legítimas aspirações de desenvolvimento dos países, considerando o aprofundamento das discussões entre os membros "de uma grande importância estratégica na identificação de pontos de interesse comum entre os países em vias de desenvolvimento".

João Lourenço referiu que Angola estabeleceu como uma das prioridades nacionais investir na ciência, tecnologia e inovação, como estratégia para enfrentar os desafios da diversificação e crescimento económicos, do aumento da produtividade, da competitividade global e das transições digital e energética, no âmbito de políticas e programas voltados para a melhoria da qualidade de vida dos angolanos.

De acordo com o Presidente, o sector da ciência, tecnologias de informação e comunicação em Angola encontra-se num processo de crescimento e expansão, tendo sido construído e colocado em órbita o satélite de comunicações "Angosat-2".

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