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PR diz que Executivo está a “atacar” a desvalorização da moeda nacional com a devida serenidade

João Lourenço que discursava na abertura Reunião do Conselho Económico e Social, no Palácio Presidencial, referiu ainda que o Executivo precisa de ter sangue frio para, com serenidade, fazer análises objectivas e tomar as medidas corajosas que se impõem, para reverter a crise económica.

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"Nestas situações, todos ralham, mas ninguém tem razão", frisou.

No que diz respeito ao valor da moeda nacional, esclareceu que a taxa de câmbio do kwanza em relação ao dólar, é variável em função da relação oferta/procura e de outras variáveis da economia.

"Por esta razão, haverá sempre momentos em que as moedas nacionais estarão mais fortes, ou seja, valorizadas, mas haverá outros momentos em que estarão mais fracas e, portanto, desvalorizadas", disse.

João Lourenço salientou que através de medidas que não devem ser administrativas, os governos procuram manter as suas moedas fortes, sobretudo no caso de Angola, um país que dispende anualmente somas avultadas de divisas na importação de bens que devem passar a produzi-los localmente.

Quanto às políticas fiscais, o Presidente da República frisou que, os governos, ao estabelecerem o valor dos impostos, procuram sempre encontrar um ponto de equilíbrio que não asfixie as famílias e as empresas, mas que também contribua para arrecadar recursos financeiros suficientes para os cofres do Estado que têm grandes responsabilidades e, portanto, avultadas despesas a realizar.

"Tudo isso vem dos impostos. Mesmo assim, o Executivo decidiu baixar o IVA sobre os bens alimentares essenciais de maior consumo, assunto que será oportunamente retomado pela Assembleia Nacional, uma vez que se trata de alteração de uma lei", aclarou.

O Presidente João Lourenço afirmou que o diagnóstico correcto para enfrentar o momento actual que a todos preocupa já foi realizado e encontrada a resposta correcta.

"Só precisamos de fazer, de facto, acontecer. Precisamos de diversificar a nossa economia, de aumentar consideravelmente a produção de bens e de serviços, de diversificar e aumentar as fontes de arrecadação de divisas", apontou.

Para João Lourenço, o país não se deve conformar com a realidade de excessiva dependência das receitas de exportação de petróleo bruto em 48 anos de Independência nacional e 21 anos de paz efectiva.

O Presidente da República defendeu, também, a necessidade de se alargar o leque de produtos de exportação, de preferência manufacturados, com valor acrescentado, para vender a melhor preço e garantir emprego local, sobretudo para a juventude.

João Lourenço realçou, igualmente, que para além dos importantes recursos minerais, terras aráveis, rios de águas permanentes, regime de chuvas regular, bom clima, florestas, savana e deserto ricos em biodiversidade, o país tem um povo hospitaleiro, cultura rica, boa culinária e paisagens deslumbrantes que devem necessariamente atrair o turismo.

Segundo o Chefe de Estado, o que falta só depende dos homens de negócios, que devem ter a sabedoria de ver e explorar as oportunidades de negócio neste ramo tão importante da economia nacional.

"Tiremos o maior proveito e rendimento das nossas praias, do nosso sol, das nossas sete maravilhas, dos nossos parques e reservas naturais, para o lazer dos nossos cidadãos nacionais e turistas estrangeiros e para benefício dos operadores turísticos e arrecadação de receitas cambiais", aconselhou.

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