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Ministro confirma entrada em funcionamento este ano das centrais hidroeléctricas da Matala e Luachimo

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, reafirmou que as centrais hidroeléctricas da Matala (actualmente com 40,8 megawatts) e do Luachimo (com 34 megawatts) vão entrar em funcionamento este ano.

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O governante – que falava na Quarta-feira, em Benguela, na abertura do 12.º Conselho Consultivo – anunciou, igualmente, para este ano o arranque da central hídrica do Cunje. "No presente ano, entrará em serviço, também, após mais de 30 anos ter sido destruída, durante a guerra, a central hídrica do Cunje, na vila de Camacupa-Bié, com uma capacidade de pouco mais de um megawatt", afirmou, citado num comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso.

De acordo com o titular da pasta da Energia e Águas, acrescenta o comunicado, "em termos de produção, as grandes prioridades centram-se na continuidade das obras de construção de Caculo Cabaça e de conclusão de Laúca, já em funcionamento", assim como em diversificar a "matriz energética nacional com a incorporação da energia solar fotovoltaica".

O ministro disse ainda estar previsto que o "projecto de construção do parque solar fotovoltaico do Luena seja concluído até ao final" deste ano.

"Prevê-se, também, que o projecto de construção do parque solar fotovoltaico do Luena seja concluído até ao final do presente ano e os de Saurimo, Bailundo, Lucapa e Cuito, na primeira metade do próximo ano, com o que se atingirá a capacidade de 370 megawatts de produção solar prevista", adiantou.

Já no que diz respeito ao segmento de transporte, as prioridades recaem "na extensão da rede eléctrica nacional, em direcção ao sul e leste, para integrar no sistema as províncias da Huíla, Namibe, Cuando Cubango, Cunene, Moxico e Lundas Norte e Sul, passando para 17 províncias ligadas à rede eléctrica nacional", lê-se no comunicado.

Segundo disse o ministro, "este objectivo" vai permitir não só pouparem "milhões de metros cúbicos de combustível, todos os anos, reduzir os elevadíssimos custos de operação e manutenção com as centrais térmicas e, sobretudo, alavancar o acesso a milhões de angolanos e empresas localizadas nas áreas a atingir".

Relativamente à distribuição, João Baptista Borges fez saber que se quer alcançar "os 50 por cento de acesso à electricidade, por parte da população, contra os actuais 43 por cento".

"É fundamental que a média de ligações domiciliares anual seja de 250.000", considerou, informando que "foi recentemente aprovado e está em efectividade um importante projecto de electrificação das províncias do Leste do país, mais o Bié e Malanje, que proporcionará o acesso à electricidade a mais de 900.000 pessoas, em 60 localidades, distribuídas por quatro localidades no Bié, 15 na Lunda Norte, oito na Lunda Sul, 20 em Malanje e 11 no Moxico".

De acordo com o comunicado, a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) "controla na rede de baixa tensão, e a nível nacional, 1.955.483 consumidores, dos quais 701.000 têm contadores em sistema pré-pago e 84.120 no sistema pós-pago", sendo que "não possuem sistema de contagem 1.170.363 consumidores". Já na rede de média tensão, "há em todo o país um total de 7.782 consumidores, dos quais 3.678 com sistema de contagem e 4.104 sem sistema de contagem".

O ministro deixou a garantia de que o sector "vai investir na aquisição de 1.300.000 novos contadores, no âmbito do financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), para atender às necessidades dos clientes de média tensão, que são responsáveis por uma boa fatia da facturação da ENDE", lê-se no comunicado.

Relativamente ao domínio das águas, entre as preocupações avançadas pelo ministro destacam-se as perdas e vandalização das infra-estruturas.

Segundo o comunicado, a província de Luanda, "que alberga o maior número de consumidores, regista uma ineficiência de cerca de 30 por cento", dado que, por causa de avarias prolongadas em bombas e reservatórios, só 500.000 metros cúbicos de água diários, de uma capacidade instalada de 800.000, "são efectivamente produzidos".

"Além disso, perdas técnicas significativas em rupturas alargam as contas desse desperdício, sem falarmos da água que, por força dos actos de vandalismo e garimpo, é desviada das condutas", lamentou o ministro.

No domínio da seca, o combate aos seus efeitos assume-se como "outra grande frente levada a cabo" pelo Governo, "que tem trabalhado na materialização da estratégia que passa pela utilização dos recursos hídricos disponíveis para as regiões mais povoadas", refere a nota.

Sobre a matéria, o governante informou que o programa de combate à seca abrange um amplo "conjunto de obras", orçadas em quatro mil milhões de dólares e que se vão estender até às províncias da Huíla e Namibe.

Refira-se que o Conselho Consultivo do Ministério da Energia e Águas acontece até esta Sexta-feira, na província de Benguela, subordinado ao tema "Energia e Águas rumo à Expansão".

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