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Economia

Reitora da UCAN diz que burocracia e pobreza fomentam informalidade na economia

A reitora da Universidade Católica de Angola (UCAN) apontou a “excessiva burocracia” das instituições, os “níveis galopantes” de iliteracia económica das populações, o analfabetismo e a pobreza generalizada como factores que fomentam a informalidade em Angola.

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Maria de Assunção, que falava na abertura do 1.º Fórum Internacional de Reconversão da Economia Informal (FIREI), que decorre em Luanda, afirmou que a transição da economia informal para a formal "não pode negligenciar" fatores que concorrem para a expansão do fenómeno.

A reitora da universidade, cujo auditório acolhe até Quarta-feira o FIREI, destacou os "altos níveis" de falta de emprego capaz de absorver a grande maioria da população activa de Angola e a "excessiva burocracia" das instituições com vocação de formalizar actividades comerciais como factores a se ter em conta.

Sinalizou, na sua intervenção, os níveis galopantes de iliteracia económica das populações de Angola, os níveis de analfabetismo e a pobreza generalizada como outros factores que não podem ser negligenciados na abordagem da formalização das actividades económicas.

"Reconversão da Economia Informal – O Vector para o Crescimento Económico e a Sustentabilidade Fiscal" é o lema do FIREI, que aborda com especialistas angolanos e estrangeiros as implicações da 1.ª fase de implementação do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI).

No entender da reitora da UCAN, a temática da 'formalização' da economia informal em Angola é "sensível e necessária", porquanto, observou, visa "resolver o problema da sustentabilidade fiscal, permitindo que as actividades económicas rentáveis contribuam para os impostos".

"Penso que todo o esforço de transição da economia informal para a formal deve procurar acautelar com maior prudência possível toda e qualquer tensão subjacente entre os interesses do Estado e os interesses das populações", defendeu ainda.

O FIREI é promovido pelo Ministério da Economia e Planeamento, órgão que coordena, desde 2021, a implementação do PREI, que já formalizou mais de 250.000 agentes económicos pelo país.

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