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EUA apoiam empresas africanas para inserção de produtos alimentares no seu mercado

O Governo norte-americano anunciou esta Quinta-feira que está a apoiar os países da África Austral, como Angola, com um programa regional de 31 milhões de dólares para assistência técnica a empresas africanas naquele mercado.

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A informação foi transmitida em Luanda pela ministra conselheira da Embaixada dos Estados Unidos da América em Angola, Mea Arnold, quando falava na cerimónia oficial do primeiro carregamento de produtos alimentares angolanos para os EUA.

O primeiro carregamento de produtos alimentares de Angola para os Estados Unidos da América, no âmbito da Lei Norte-Americana sobre Crescimento e Oportunidade para África (AGOA), aconteceu esta Quinta-feira no Centro Logístico e de Distribuição de Luanda, em Viana.

Diversos produtos alimentares da empresa angolana de processamento alimentar Foodcare foram carregados num camião contentorizado, numa cerimónia a que assistiram membros da embaixada norte-americana e representantes da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) de Angola.

Mea Arnold afirmou que a empresa angolana tem uma parceria com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa) desde 2021 para ajudar a reforçar a sua concorrência no mercado, conectar-se com os compradores americanos e aproveitar as vantagens da AGOA.

“A Lei de Crescimento e das Oportunidades para África, mais conhecida por AGOA, dá aos países elegíveis da África Subsaariana acesso isento de direitos ao mercado dos EUA para mais de 1800 produtos”, disse.

Segundo a dirigente norte-americana, ao oferecer novas oportunidades de mercado, a AGOA ajudou a impulsionar o crescimento económico, promoveu políticas e reformas económicas e melhorou as relações económicas entre os EUA e o continente africano.

O Governo dos EUA, através da USAID, salientou, “está a ajudar os países da região da África Austral a obter vantagens da AGOA através de um programa regional de 31 milhões de dólares, que oferece a empresas africanas, como a Foodcare, assistência técnica e apoio empresarial para acederem ao mercado dos EUA”.

Disse ainda, na sua intervenção, que o comércio entre Angola e os EUA tem jogado historicamente um papel significativo em ambas as economias, com as exportações de Angola para os EUA dominadas pelo petróleo bruto, diamantes e gás.

Salientou, contudo, que o número das exportações angolanas de produtos agrícolas para os EUA continua a ser reduzido, referindo que “chegou o momento de promover a diversificação económica através do comércio”.

Fuba de milho, fuba de mandioca, manteiga de amendoim, catato (lagartas típicas da cozinha angolana) e a quizaca (folhas comestíveis da mandioqueira) são alguns produtos angolanos da Foodcare que serão exportados para o mercado norte-americano.

Marlene José, cofundadora e directora executiva da Foodcare, considerou o momento histórico e desafiante para a firma que dirige, considerando ser este um passo para o crescimento e capitalização da empresa.

Segundo a gestora, este primeiro carregamento no âmbito da AGOA deve chegar os EUA em finais de Novembro próximo e disse esperar que um segundo aconteça em Janeiro de 2024.

O chefe do departamento de Promoção e Captação de Investimento da AIPEX, Bruno Baptista, manifestou “orgulho” por fazer parte da jornada da Foodcare e assegurou que a instituição “vai continuar a apoiar as empresas nacionais a internacionalizarem os seus negócios”.

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