As más condições dos caminhos elevam as despesas com a manutenção das viaturas e, consequentemente, fazem aumentar a tesouraria da operadora, justificando-se assim a paralisação provisória dos serviços, explicou Armando Macedo, coordenador comercial da operadora de transportes, em declarações à Angop.
O responsável esclareceu igualmente que a paralisação assume um carácter temporário pois deverá permanecer até se verificarem melhoramentos em alguns caminhos críticos.
De referir que esta não é a primeira vez que a Macon – que nesta rota (Saurimo/Luanda) executava um serviço diário – interrompe serviços provisoriamente, tratando-se da terceira vez que a empresa toma essa decisão, escreve a Angop.
A decisão da empresa não foi bem recebida pelos passageiros. É o caso de João António, que em declarações à Angop, considerou que sem este serviço o custo do transporte para a capital vai subir, tendo em conta o valor de 27.670 kwanzas cobrados para esse percurso em comparação aos entre 35 a 45 mil kwanzas cobrados por táxis normais.
Embora esta suspensão vá provocar dificuldades, João António reconheceu que a Macon tem razão ao adoptar esta decisão, pois o mau estado das vias danificam os autocarros.
As dificuldades na circulação também foram apontadas pelo comerciante Miqueias Carlos. Citado pela Angop, o passageiro considerou que esta interrupção de serviços causará obstáculos na sua actividade, uma vez que recorre a este meio de transporte para levar os produtos até Saurimo.
Já Maria Neusa mostrou-se surpresa com a decisão. À Angop contou que tinha os filhos na capital e planeava retornar a Saurimo com a operadora, mas devido à suspensão vai ter de ir de táxi, que pratica taxas elevadas.
A passageira aproveitou ainda a ocasião para deixar um apelo ao Executivo no sentido de apressarem a reabilitação da EN 230 no percurso Saurimo/Malanje – que iniciou em 2020 e se prevê que termine em Agosto do próximo ano.
