As declarações foram realizadas no dia em que o secretariado da comissão executiva nacional da UNTA-CS realizou a 1.ª Conferência Extraordinária da USL, que elegeu Alberto Sebastião para o cargo de secretário-geral da USL, em substituição de Filomena Soares, afastada do cargo em Maio passado, na sequência de uma reunião extraordinária do conselho federal da UNTA.
Neste encontro, presidido pelo secretário para a administração e finanças da UNTA-CS, a conferência aprovou também a indicação dos membros do secretariado executivo e do conselho fiscal, controlo e disciplina da USL.
As deliberações da UNTA-CS são contestadas pelos membros da anterior direcção de Filomena Soares, que avançaram com uma queixa-crime contra José Laurindo.
"Estas acusações não têm razão de ser. Quem convocou a conferência de imprensa [de Terça-feira] não tem legitimidade de o fazer. Se foi a senhora Filomena Soares [secretária-geral da USL afastada do cargo] ela está expulsa por má conduta social e não pode falar em nome da UNTA e nem da USL", disse esta Quarta-feira José Laurindo.
Reagindo às acusações do denominado conselho executivo da USL, que promoveu na Terça-feira uma conferência de imprensa, onde acusou o secretário-geral da UNTA-CS de interferir nas competências da USL, José Laurindo disse que o referido órgão não tinha legitimidade de abordar assuntos da USL.
Quanto às acusações de gestão danosa a nível da Confederação, afirmou: "São eles que estão a dizer e têm de provar [as acusações], e se corre um processo em tribunal deve estar em segredo de justiça e não me devo pronunciar", afirmou José Laurindo.
A USL acusou na Terça-feira o secretário-geral da UNTA-CS de abuso de poder, intimidações, violações dos estatutos da direcção da USL e gestão danosa.
A situação foi relatada pelo conselho provincial da USL que garantiu convocar uma conferência extraordinária que deve deliberar a suspensão do seu vínculo à UNTA-CS, devido à postura do actual secretário-geral da Confederação, José Joaquim Laurindo.
Segundo a USL, o secretário-geral da UNTA-CS "arroga-se" no direito de convocar uma conferência provincial extraordinária, órgão supremo da USL, para destituir a actual direcção dos sindicatos da capital, numa violação dos estatutos da USL e da UNTA-CS.
Moreira Julante, membro do conselho provincial da USL, acusou igualmente José Joaquim Laurindo de pretender manipular os membros da USL para "consumar um golpe estatutário", pretendendo ver-se livre da actual direcção da USL, por se manifestar uma pessoa "pouco transparente e democrática".
