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João Lourenço promete “ser o Presidente de todos os angolanos”

O chefe de Estado, João Lourenço, prometeu esta Quinta-feira “ser o Presidente de todos os angolanos” e promover o desenvolvimento económico e o bem-estar da população, ao discursar na cerimónia da sua posse.

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"Ao assumir, por mandato do povo soberano, as funções de Presidente da República de Angola, declaro por minha honra respeitar a Constituição e a Lei, ser o Presidente de todos os angolanos e governar em prol do desenvolvimento económico e social do país e do bem-estar de todos os angolanos", disse o chefe de Estado perante uma multidão em Luanda.

Reeleito com 51,17 por cento dos votos, numa eleição contestada judicialmente pela oposição, mas entretanto validada pelo Tribunal Constitucional, João Lourenço felicitou o povo angolano, que considerou "o real e verdadeiro grande vencedor" das eleições de 24 de Agosto, que lembrou já serem consideradas "as mais disputadas eleições gerais da história da jovem democracia angolana".

Elogiou os angolanos por fazerem "as melhores opções" e escolherem "com muita responsabilidade o futuro do seu país".

"Ao elegerem o MPLA [Movimento Popular de Libertação de Angola] e o seu candidato, apostaram na continuidade como forma segura de garantir a paz, a estabilidade e o desenvolvimento económico e social do país", afirmou, felicitando também todos os partidos e coligações pela sua participação nas eleições, "o que contribuiu para o fortalecimento da nossa democracia".

Sobre o seu segundo mandato, que agora começa, o Presidente prometeu dedicar todas as suas forças e atenção à "busca permanente das melhores soluções para os principais problemas do país, a começar pelo sector social e pelo bem-estar da população.

"Continuaremos a investir no ser humano como principal agente do desenvolvimento, na sua educação e formação, nos cuidados de saúde, na habitação condigna, no acesso à água potável e energia eléctrica, no saneamento básico", disse.

E prometeu também incentivar e promover o sector privado da economia, "para aumentar a oferta de bens e serviços de produção nacional, aumentar as exportações e criar cada vez mais postos de trabalho para os angolanos, sobretudo para os mais jovens".

"O cidadão em geral, o trabalhador e o jovem em particular, continuam no centro das nossas atenções", disse João Lourenço, prometendo trabalhar para que a economia angolana "possa garantir ao trabalhador um salário condigno e um poder de compra que seja compatível com a capacidade de aquisição dos bens essenciais de consumo da cesta básica".

Prometeu "dar continuidade e concluir" infraestruturas como o porto de águas profundas do Caio em Cabinda, os aeroportos de Cabinda, de Mbanza Congo e o Internacional António Agostinho Neto em Luanda, as refinarias de petróleo de Cabinda, do Soyo e do Lobito, entre outros, e comprometeu-se a construir sistemas de captação, tratamento e distribuição de água do BITA e da Quilonga para solucionar o défice de água de Luanda, assim como os canais e barragens no âmbito da luta contra os efeitos da seca no sul.

A igualdade do género foi outro tema abordado no discurso do chefe de Estado, que defendeu a igualdade de oportunidades e promoção da mulher nos mais altos cargos do Estado, nos cargos públicos e de liderança em diferentes sectores da sociedade.

E insistiu na questão da prevenção e combate contra a corrupção e a impunidade, "que ainda prevalece".

"Vamos todos trabalhar na educação das pessoas para a necessidade da mudança de paradigma, de vícios, más práticas e maus comportamentos instalados e enraizados há anos", afirmou.

João Lourenço disse ainda contar com "a participação e o escrutínio de todos", desde os deputados eleitos, as organizações não-governamentais, classes profissionais, sindicatos, do setor empresarial, académicos, igrejas e 'media'.

Prometeu também que Angola continuará a trabalhar para proteger o planeta das alterações climáticas, nomeadamente com programas de educação ambiental com vista a desencorajar a desflorestação e as queimadas, com acções concretas de redução do consumo dos derivados do petróleo e da utilização da lenha para consumo doméstico ou industrial e com investimento em fontes limpas de produção de energia como barragens, parques fotovoltaicos e projectos de hidrogénio verde.

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