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Portugal foi o segundo parceiro comercial de Angola no segundo trimestre de 2022

Portugal foi o segundo parceiro comercial de Angola, em relação à origem das importações, com uma quota de 11,6 por cento, e o terceiro em termos de investimento directo estrangeiro não petrolífero no segundo trimestre de 2022.

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O Relatório da Balança de Pagamentos e Posição de Investimento Internacional relativo ao segundo trimestre 2022, publicado esta Quinta-feira pelo Banco Nacional de Angola (BNA), refere que a China lidera a lista dos principais parceiros comerciais com uma quota de 14,3 por cento.

Depois de Portugal (11,6 por cento), seguem-se a República da Coreia com 10,3 por cento, Países Baixos com 10,1 por cento e a Índia com 8,0 por cento, perfazendo 54,3 por cento do valor total das importações de Angola.

Sobre a origem do investimento directo estrangeiro destinado ao sector petrolífero destacaram, no período, os Estados Unidos da América (EUA), França e Itália.

Quanto ao sector não petrolífero, o destaque vai para a África do Sul, Bielorrússia, Portugal e a China.

Segundo o relatório, a conta corrente da Balança de Pagamentos de Angola manteve-se superavitária na ordem de 3,5 mil milhões de dólares equivalente a 10,8 por cento do PIB (Produto Interno Bruto), registando um "decréscimo de 26,7 por cento" em relação ao trimestre anterior.

"O declínio da conta corrente foi impulsionado pelo aumento das importações de bens e serviços, bem como o agravamento do défice dos rendimentos e transferências correntes, não obstante o aumento das exportações de bens, mas numa magnitude muito inferior", lê-se no documento.

A balança de pagamentos refere que o saldo superavitário da conta de bens registou um "ligeiro aumento" de 2,0 por cento ao passar de 8,9 mil milhões de dólares no primeiro trimestre para 9,1 mil milhões de dólares no segundo trimestre deste ano.

O aumento do saldo da conta de bens deveu-se ao "crescimento das despesas com importações de bens numa proporção superior ao das receitas de exportação".

O valor das importações de bens, no segundo trimestre de 2022, foi de 4,5 mil milhões de dólares contra os 3,7 mil milhões de dólares do trimestre anterior, representando assim um crescimento de 21,8 por cento.

Em todas as categorias de bens, com realce para as para os combustíveis e máquinas, aparelhos mecânicos e electrónicos, verificaram-se aumento das importações.

"Continua-se a importar, maioritariamente, os bens de consumo corrente, com um peso de 67,6 por cento do valor total, seguido dos bens de capital com 22,5 por cento e os de consumo intermédio com apenas 10,0 por cento", refere-se no relatório.

Quanto aos outros capitais, estes registaram uma redução do seu défice na ordem dos 21,3 por cento, ao cifrar-se em 2,3 mil milhões de dólares, contra os 2,9 mil milhões de dólares do primeiro trimestre.

O resultado desta conta "foi influenciado pelo aumento dos créditos comerciais concedidos a não residentes, face ao aumento do preço médio de petróleo bruto".

A balança de pagamentos de Angola encerrou o trimestre com uma perda de activos de reserva de 286,3 milhões de dólares contra uma perda de 276,2 milhões de dólares do primeiro trimestre.

O BNA refere ainda que a balança de pagamentos apresentou no período em análise erros e omissões negativos avaliados em 753,7 milhões de dólares, equivalentes a 2,3 por cento do PIB.

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