A decisão foi tomada na Assembleia Geral realizada a 9 de Agosto e agora tornada pública pelo BNA que registou a deliberação.
O BNA acrescenta que a autorização da instituição financeira bancária caducou, tendo sido aditada à firma a menção "em liquidação", nos termos do número 3 do artigo 146.º da Lei n.º 01/04, de 13 de fevereiro – Lei das Sociedades Comerciais.
Nem o BAI, nem o BMF, fizeram qualquer comunicação oficial sobre a dissolução.
Na semana passada, o semanário económico Expansão noticiou que o BAI (accionista maioritário do BMF) tinha recuado na intenção de vender o banco ao empresário António Mosquito, que detém participações noutras instituições financeiras, tendo sido restituído o valor já entregue.
Numa nota enviada à Lusa, o BAI esclarece que o cancelamento do negócio com o empresário, com o qual tinha sido celebrado um contrato promessa de compra e venda sujeito a condição resolutiva, deveu-se ao facto de o Banco Nacional de Angola não ter aprovado a transmissão da participação qualificada.
“Foi após a notificação desse indeferimento que o sinal pago foi devolvido pelo BAI, nos termos do previsto no contrato. O encerramento do processo negocial teve constante alinhamento entre as partes”, explicou o BAI, sublinhando que a decisão levou a um “reequacionamento, pelo accionista BAI, da estratégia para a sua participada” sobre o qual informarão o mercado.
No seu site, o BMF apresenta-se como um banco especializado em microcrédito, dispondo de 21 agências em todo o país.
Em 2020, o Banco BAI Micro Finanças sofreu uma reestruturação no que diz respeito à sua estrutura accionista, tendo os acionistas minoritários alienado as acções ao acionista BAI, que estava nessa altura a ponderar a entrada de novos 'shareholders'.