"A EPAL vai verificando que muitos clientes resistem em honrar com os seus pagamentos da factura (...). Hoje a dívida que os clientes contraíram com a EPAL já ronda os 99 mil milhões de kwanzas", informou Valdemiro Bernardo, em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA).
O porta-voz da EPAL fez ainda saber que em Janeiro a dívida acumulada se situava nos 95 mil milhões de kwanzas.
"Os municípios que mais devem, são os municípios de Luanda, Viana e Talatona", acrescentou o responsável.
A questão do roubo de água também foi levantada pelo porta-voz da empresa. O responsável lamentou a insistência em se recorrer ao garimpo de água, uma actividade que causa prejuízos à EPAL e aos consumidores.
"O garimpo é um mal que tem gerado muitos prejuízos à EPAL e infelizmente ainda continuamos a verificar actos de garimpo. Decorre desde o mês de Setembro do ano passado um programa de combate ao garimpo que tem estado a trabalhar com as entidades de ordem e segurança (...)", administrações municipais e comissões de moradores, indicou.
Citado pela RNA, Valdemiro Bernardo avançou que nos últimos tempos já foram desactivadas mais de 100 ligações ilegais de água: da actividade de combate ao garimpo "já foi possível desactivar cerca de 105 ligações que praticavam o garimpo de água".
O porta-voz acrescentou ainda que os municípios onde se registam mais "actos de garimpo" são Viana, Talatona e Kilamba Kiaxi.