O facto de o mercado cambial se ter tornado mais livre, possibilitando às empresas do sector do petróleo e diamantes vender as suas divisas de forma directa aos bancos comerciais é a justificação apontada pelo responsável para a diminuição significativa da venda de divisas no primeiro semestre do ano passado.
Citado pela Angop, Marcos Neto esclareceu que o principal desta política é o facto de o câmbio do kwanza ser flexível, uma vez que o valor da moeda nacional face às moedas estrangeiras é estabelecido consoante o mercado.
Ao falar na Quinta-feira no Ciclo Anual de Conferências do Banco Nacional de Angola (BNA), o responsável admitiu que esta política simplifica a dinâmica do mercado cambial do país, ajudando a reduzir o número de importações, incrementar as exportações e a controlar a inflação.
Devido a essa medida, adoptada em 2019, o BNA interfere no mercado interbancário apenas através de leilões de divisas, com correcções ou ajuda da taxa de câmbio.
Ainda durante o período em análise, as compras de divisas dos bancos comerciais a clientes cresceram em cerca de 36 e 46 por cento face aos semestres anteriores e 251,82 por cento em comparação com o primeiro semestre de 2019.
O sucessivo crescimento das vendas do sector petrolífero e do Ministério das Finanças no mercado apontam-se como resultados positivos na compra de divisas.