Sem a cerca sanitária, que 'isolava' a capital há cerca de um ano e meio, vários produtores, vendedores, comerciantes, entre outros cidadãos, têm procurado reanimar os seus negócios.
De acordo com a Angop, há quem recorra a meios próprios para transportar os seus produtos, mas a maior parte prefere usar os transportes inter-provinciais.
Algumas pessoas, em declarações à agência de notícias, queixaram-se que os preços aplicados pelas transportadoras estão um pouco acima das expectativas, mas que isso não demove os passageiros de os usarem com vista a recuperaram, gradualmente, os prejuízos causados pelas limitações impostas.
Legumes, frutas e cereais ocupam o primeiro lugar da lista que produtos que mais circulam de e para a capital.
Venâncio Manuel, especialista em gestão de empresas, considerou que o fim da cerca sanitária veio revigorar a recuperação económica nacional.
Em declarações à Angop, o responsável adiantou que a abertura da capital "representa uma esperança para a população, e significa um retorno mais rápido do poder de compra".
Apesar de ainda existirem algumas medidas restritivas, como uso de máscara, distanciamento físico e apresentação do cartão de vacina para viagens no país, a população diz "respirar de alívio" com o levantamento da cerca sanitária.
É o caso de Amélia Mateus, vendedora no Mercado do 30, em Viana. De acordo com a Angop, a vendedora disse que aproveitou a abertura das fronteiras para ir até Malanje adquirir mais produtos para vender e considerou que o fim da cerca sanitária vai ajudar os pequenos comerciantes bem como reduzir os preços.
A redução dos preços parece já se estar a fazer sentir. Eunice Carvalho, cliente do Mercado do 30, diz que com o aumento da oferta de produtos já se nota uma diminuição nos valores praticados.
O fim da cerca sanitária também permitiu ao sector dos transportes retomar a actividade de forma gradual.
Recorde-se que a cerca sanitária em Luanda foi levantada no passado dia 1 de Setembro.