O dia no aeroporto não foi simples, já que apesar das restrições dirigiram-se até ao terminal um grande número de pessoas. Possuíam bilhete e estavam a tentar forçar a sua entrada no voo. Entre a revolta, estava Maria Eduarda, uma das passageiras que contou já ter bilhete desde Março e, apesar disso, não conseguiu lugar neste voo.
A passageira queixava-se da falta de organização da companhia aérea, afirmando que a seu ver a TAAG devia dar prioridade aos passageiros que têm bilhete com data anterior ao encerramento das operações.
"A pessoa quando liga para o call center nunca tem lugar disponível. Eles indicam datas só a partir de Outubro e Novembro", disse, citada pela Angop.
Hélio Cassoma, director de operações da TAAG, explicou que neste primeiro voo foram transportadas as pessoas que seguiram as ordens da companhia: "Os passageiros com bilhetes desde o encerramento do espaço aéreo nacional e também os que os adquiriram recentemente devem fazer a sua reserva a partir da nossa linha de apoio ao cliente. E é essa informação que reiteradamente a TAAG tem passado", disse.
De acordo com o responsável, os protestos não têm justificação uma vez que os passageiros que não embarcaram não procederam à reserva de lugar.
No voo de estreia, que partiu de Luanda com destino a Cabinda, foram transportados um total de 99 passageiros. Já no voo de regresso para a capital, a TAAG transportou 110 passageiros.
O voo com destino a Cabinda foi realizado num Boeing-777, que tem capacidade para 120 lugares. Contudo, devido às medidas de biossegurança, apenas embarcaram 99 passageiros, entre adultos e crianças. Já o voo de regresso foi realizado num avião Boieng-737, tendo a TAAG voado para a capital um total de 110 passageiros.
De acordo com a Angop, todos os passageiros, antes de realizarem o check-in, foram testados à covid-19. Parte do teste deveria ter sido comparticipado pelos passageiros, no entanto, devido à falta de um mecanismo por parte da Comissão Interseccional que coordena estas acções, isso acabou por não se verificar, explicou uma fonte à Angop.
Apesar da elevada procura, para já a TAAG não prevê aumentar a frequência de voos para Cabinda, adiantou o responsável, frisando que para já a companhia vai "manter o programa de voos, nos mesmos dias da semana, partindo para esta província do norte todas as Segunda-feiras".