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Omatapalo vai entrar “a breve prazo” no sector mineiro

A empresa angolana de construção civil Omatapalo vai a “breve prazo” envolver-se num projecto do sector mineiro, existindo já conversações em curso, disse à Lusa o presidente do Conselho de Administração.

: LUSA
LUSA  

"Há conversações, sim, temos muitas minas em Angola e pode acontecer a qualquer momento, desde que seja uma mais-valia para nós, para o Estado e para os parceiros que possam integrar o projecto", assumiu Carlos Alves, em entrevista à Lusa.

Dizendo que o interesse neste sector não é de hoje, mas de há "alguns anos", o responsável referiu que a Omatapalo vai querer explorar esta área de negócio, devendo ser uma realidade "dentro de pouco tempo", previsivelmente no início do próximo ano.

A empresa está a trabalhar e a analisar vários projectos, tendo tido reuniões sobre a possibilidade de integrar alguns, mas ainda não há nada concretizado, garantiu.

Carlos Alves disse estar a estudar os investimentos em que pode apostar capacidade, em que pode melhorar o desempenho e o que é mais interessante para o grupo.

"Estamos sempre disponíveis e analisamos todos os projectos que possam trazer mais-valias ao grupo e ao Estado", ressalvou.

A área mineira tem um "potencial enorme", daí o interesse da Omatapalo e de outras empresas, acrescentou.

Mas, além desta nova área de negócio, a Omatapalo tem investido noutras, apesar de o seu principal ramo de actividade ser a construção civil, nomeadamente no sector agropecuário, industrial, metalomecânica e ambiente.

"Estamos a investir fortemente na área das madeiras e carpintaria, área na qual pensámos duplicar a capacidade instalada da empresa até final do ano. Pensamos ter uma unidade completa em Luanda para produção de mobiliário de escritório e sofás, entre outros produtos, para isso, estamos a adquirir novas instalações que nos vão permitir ter essas capacidades", adiantou.

Na metalomecânica, sector que já explora, a empresa está a construir uma nova unidade em Luanda, dado a unidade principal estar instalada no Lubango, distante da capital.

Já na agropecuária, a Omatapalo está a "intensificar" o investimento na Fazenda Mumba, dedicada à produção de carne de corte, para a ter em pleno funcionamento em 2030, disse o empresário.

Em processo negocial está também a integração da empresa num consórcio para a construção da refinaria de Cabinda.

Já em Portugal, onde a empresa está em expansão e tem em carteira vários projectos imobiliários, Carlos Alves revelou estar a criar um centro de investigação e de 'startup´.

Devendo ficar sedeado em Matosinhos, no distrito do Porto, este centro, ainda em fase de projecto, terá como foco a inovação, ambiente e tecnologia, referiu.

Apesar de um "assinalável crescimento" em Portugal, o administrador é perentório em dizer que o país onde a empresa mais factura "é obviamente" Angola.

Além de Angola e Portugal, a Omatapalo está já em alguns Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e a "entrar timidamente" na Namíbia, país vizinho, na Europa e Reino Unido.

"Queremos consolidar os mercados onde estamos hoje e, depois, andaremos por novos mercados", salientou.

Mas, para o futuro, o presidente do Conselho de Administração quer apostar sobretudo em Moçambique, mercado no qual acredita.

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