A intenção foi expressa num comunicado emitido após o 5.º encontro ministerial entre Angola e UE, realizado por vídeo-conferência.
O encontro foi co-presidido pelo alto-representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, e pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António.
No comunicado, as duas partes demonstraram também as suas intenções em "iniciar diálogos exploratórios sobre um acordo de investimento entre UE e Angola", apoiado no Acordo de Parceria Económica entre aorganização europeia e os Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, em inglês).
Os representantes dos dois lados mostraram-se interessados em trabalhar para a paz e a segurança, tendo os representantes da UE elogiado "o importante papel de Angola" na SADC, na Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), na Conferência Internacional dos Grandes Lagos e pela cooperação no Golfo da Guiné.
Durante a reunião, a UE anunciou que está a ser preparado um pacote de até 20 milhões de euros para apoiar a resposta socioeconómica à pandemia de covid-19 no país, incluindo a formalização económica, depois de este ter sido anunciado, em Julho, pelo então embaixador da União Europeia em Angola, Tomas Ulciny.
Sobre a preparação da cimeira União Europeia-União Africana, prevista para este ano, os representantes europeus e angolanos destacaram a importância do encontro, considerando que vai preparar "planos ambiciosos para o futuro com prioridades estratégicas conjuntas".
No encontro desta Terça-feira foi ainda abordada a questão da corrupção, com Bruxelas e Luanda a "reconhecerem a importância de uma acção coordenada" neste campo, refere o comunicado.
Um encontro entre altos-responsáveis de UE e Angola, dedicado a "explorar novos caminhos de cooperação", deverá realizar-se em Bruxelas, durante o primeiro semestre do próximo.
Os representantes na reunião acordaram também que o próximo Encontro Ministerial, o 6.º, deverá realizar-se em 2021, em Luanda.
Participaram na reunião ainda o vice-presidente-executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, e o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano.