Num comunicado de imprensa divulgado esta Quarta-feira, depois de imagens postas a circular nas redes sociais sobre o caso, a delegação do Ministério do Interior na Huíla informa que o agente em causa já se encontra detido e que pertence à Unidade de Segurança Pessoal e Entidades Protocolares (USPEP).
Segundo as autoridades policiais, o agente é efectivo do Comando Provincial da Polícia Nacional na Huíla, mas no momento da açcão não se encontrava no exercício das suas funções.
A nota avança que apurou no local que tudo aconteceu quando o agente tentou socorrer a filha, que supostamente estava a ser agredida por um grupo indeterminado de jovens alcoolizados dentro da sua residência.
De acordo com a polícia, preocupado com o clamor da filha, dirigiu-se ao local na tentativa de apaziguar a briga, mas os agressores insurgiram-se contra o mesmo esmurrando-o.
"Dada a brutalidade dos agressores, o agente arranjou meios e conseguiu escapar-se das mãos dos mesmos e dirigiu-se para o interior da residência onde retirou a arma-de-fogo e posto no local efectuou dois disparos ao ar para dispersar os agressores", refere o documento.
Apesar dos disparos para o ar, adianta a polícia, os agressores "insistentemente continuaram a insurgir-se contra o agente que de seguida efectuou mais dois disparos, um dos quais atingiu a região do abdómen da vítima".
O cidadão em causa foi socorrido para um hospital, mas devido ao seu estado grave, acabou por falecer minutos depois de ter chegado à unidade sanitária.
Além do agente detido, encontram-se também na mesma situação um dos jovens agressores.
Nos últimos dias, têm sido vários os casos de polícias envolvidos na morte de cidadãos, um dos mais falados nos últimos dias o de um médico, que depois de ter sido interpelado por agentes policiais e conduzido a uma esquadra, onde acabou por falecer, em circunstâncias ainda por esclarecer.