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Kwanza com nova depreciação face ao euro e ao dólar

O kwanza voltou a depreciar-se em relação às moedas europeia e norte-americana, valendo agora 342,019 kwanzas/euro e 290,025 kwanzas/dólar, segundo indica uma nota do Banco Nacional de Angola (BNA).

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A taxa cambial média de referência foi apurada Segunda-feira, após a sétima e penúltima sessão de Setembro de venda de divisas em leilão aos bancos comerciais, que colocou no mercado primário 45 milhões de euros.

Os novos câmbios representam uma depreciação de 45,79 por cento face à moeda europeia desde 1 de Janeiro deste ano, quando valia 185,40 kwanzas/euro, e 42,79 por cento em relação à norte-americana que, no início do ano, se situava em 165,92 kwanzas/dólar. No início deste mês, a moeda europeia valia 301,3 kwanzas/euro, enquanto a norte-americana estava nos 276,562 kwanzas/dólar.

As divisas colocadas Segunda-feira no mercado primário foram adquiridas por nove bancos comerciais e destinaram-se à regularização de operações gerais, incluindo privadas, bem como comerciais ainda em posse dos bancos comerciais referentes ao período de 2015 a 2017 (atrasados cambiais) que se encontrem em conformidade com a regulamentação cambial, mas que por algum motivo não tenham ainda sido pagas ao exterior.

Tratou-se do sétimo leilão de divisas realizado este mês, estando prevista a realização de mais um, na Quarta-feira, após o que o BNA entregará, a partir de 1 de Outubro próximo, a autonomia da venda de moeda estrangeira aos bancos comerciais.

Nos sete leilões realizados este mês, o BNA colocou no mercado primário moeda estrangeira no valor de 415 milhões de euros dos 598 milhões de euros que anunciou esperar colocar até ao final deste mês.

Há uma semana, o BNA anunciou que, a partir de 1 de Outubro, deixa de proceder à venda directa de divisas, pelo que as solicitações de compra de moeda estrangeira devem voltar a ser unicamente apresentadas aos bancos comerciais autorizados.

Em comunicado, a que agência Lusa teve então acesso, o BNA referiu ter, no âmbito da normalização do funcionamento do mercado cambial, retomado a venda de moeda estrangeira nos leilões de divisas sem indicação específica das operações ou importadores para os quais os fundos devem ser vendidos pelos bancos comerciais.

Segundo o BNA, o sistema ajustado de vendas directas permitiu que o banco central angolano tivesse um entendimento mais preciso da metodologia necessária para a protecção das reservas internacionais e emitisse regulamentação e orientações aos bancos comerciais adaptados a esse objectivo.

Com esse sistema, reforçou a nota, o BNA assegurou ainda a alocação imparcial das divisas no pagamento dos atrasados e a atenuação das percepções negativas dos clientes sobre os critérios de selecção dos beneficiários aplicados pelos bancos comerciais.

O BNA entende agora que, após o período de maior intervenção, com o mercado cambial actualmente mais bem regulamentado e com maior regularidade na oferta de moeda estrangeira, estão criadas as condições para que sejam novamente os bancos comerciais a realizarem a alocação de moeda estrangeira aos seus clientes.

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