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Economia

Reservas internacionais em mínimos desde a última assistência do FMI

As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) caíram quase 10 por cento entre Julho e Agosto, para 12.662 milhões de dólares, estando em mínimos desde o último pedido de assistência de Angola ao FMI, em 2009.

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A informação resulta de dados preliminares de Agosto do Banco Nacional de Angola (BNA), compilados pela Lusa, sobre as RIL, que no espaço de um mês caíram o equivalente a 1340 milhões de dólares.

Estas reservas, de moeda estrangeira e que também servem para pagar as importações, garantem as necessidades de seis meses de importações por Angola e tinham atingido em Maio os 14.398 milhões de dólares, que foi então o valor mais alto desde Outubro de 2017.

O Governo anunciou entretanto o novo plano de assistência que está a ser negociado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) terá uma componente financeira, a três anos, que poderá chegar a 4500 milhões de dólares.

Desde as eleições gerais de 23 de Agosto, estas reservas – que estão em mínimos desde 2010, após a intervenção, com apoio financeiro, do FMI – já caíram mais de 2.500 milhões de dólares.

O BNA tem utilizado estas reservas para vender divisas aos bancos comerciais e garantir a importação de alimentos, máquinas e matéria-prima para a indústria, que por sua vez estão a menos de metade do valor contabilizado antes da crise da cotação do petróleo.

No entanto, a partir das eleições gerais de 23 de Agosto de 2017, essas vendas por parte do BNA caíram fortemente. As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.

Estas vendas feitas pelo BNA foram, entretanto, substituídas a 9 de Janeiro pelo regime de leilão de preço com os bancos comerciais, que, em paralelo com a introdução do novo modelo de taxa de câmbio flutuante, definida pelo mercado, fez o kwanza depreciar-se mais de 40 por cento face ao euro.

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