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Trafigura reabre rota comercial entre Angola e RDCongo 40 anos depois

A empresa de negociação de matérias primas holandesa Trafigura confirmou a reabertura de uma rota comercial, suspensa há mais de 40 anos, entre Lobito e Kolwezi, na República Democrática do Congo (RDCongo).

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A viagem inaugural terminou no Domingo, quando um comboio que transportava 800 toneladas de 'blister' de cobre concluiu a viagem de 1800 quilómetros entre as duas localidades, anunciou a empresa em comunicado.

Para Julien Rolland, membro do comité de gestão da Trafigura, a operação foi de "importância significativa" para a Trafigura e para a região.

Rolland acredita que o corredor que liga a região mineira da RDCongo à zona costeira de Lobito "tem potencial para marcar o início de um novo capítulo".

Actualmente, o cobre congolês é exportado através de Beira, em Moçambique, Dar Es Salam, na Tanzânia, ou Durban, na África do Sul.

O comunicado sublinha que esta medida "explora as infra-estruturas férreas nacionais, retira camiões das estradas e oferece uma rota alternativa para os mercados".

A Trafigura é o maior vendedor de petróleo refinado a Angola e controla 48,4 por cento da Puma Energy (dona das bombas angolanas de combustíveis da marca Pumangol).

Entre os accionistas da Puma Energy estão a estatal Sonangol, com 30 por cento, e a empresa privada Cochan, com mais 15 por cento. O director executivo desta última é o general Leopoldino Fragoso do Nascimento 'Dino', consultor do general Hélder Vieira Dias "Kopelipa", antigo ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.

Segundo um relatório da Organização Não Governamental (ONG) suíça Public Eye, a Trafigura é uma 'holding' em que o petróleo representava 67 por cento do lucro, em 2015, tendo activos físicos de quase 40 mil milhões de dólares, "incluindo minas, navios, tanques de armazenagem, bombas de gasolina e oleodutos".

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