Num comunicado divulgado, o banco central dá conta da realização de duas sessões de venda de divisas em leilão aos bancos comerciais, o primeiro realizado sem anúncio prévio na Terça-feira, em que colocou 150 milhões de euros junto de 21 bancos, e o segundo, Quarta-feira, em que vendeu 32,7 milhões de euros a oito instituições bancárias.
Na primeira venda, os 150 milhões de euros destinaram-se à abertura de cartas de crédito com o objectivo de assegurar a importação de mercadorias diversas, enquanto, no segundo, os 37.712.937,84 euros visaram regularizar operações gerais, incluindo necessidades correntes e atrasadas que se encontrem em conformidade com a regulamentação cambial, mas que, por algum motivo, não tenham ainda sido pagas ao exterior.
Face ao dólar, a moeda angolana voltou também a depreciar-se, valendo agora 292,363 kwanzas/dólar (depreciou-se 43,29 por cento desde Janeiro), contra os 290,025 kwanzas/dólar da última Segunda-feira.
No início deste mês, a moeda europeia valia 301,3 kwanzas/euro, enquanto a norte-americana estava nos 276,562 kwanzas/dólar.
Salvo indicação em contrário, o BNA, com estes dois leilões, o primeiro não anunciado, terminou com as operações em Setembro, depois de as nove sessões (estavam previstas oito) terem permitido vender praticamente o estipulado para este mês, ao atingirem 597,5 milhões de euros dos 598 milhões pretendidos.
A 18 deste mês, o BNA anunciou que, a partir de 1 de Outubro, entregará a autonomia da venda de moeda estrangeira aos bancos comerciais, ponto termo a uma prática que, face à dificuldade de obtenção de divisas reinante no final de 2017, foi obrigado a recorrer a 9 de Janeiro deste ano.