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Economist alerta para falta de regulamentação sobre renováveis que afasta investidores

A Economist Intelligence Unit (EIU) considerou que a falta de regulamentação e de legislação sobre o sector energético renovável em Angola vai afastar os investidores, apesar das condições favoráveis no país para estes investimentos.

: indialivetoday.com
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"Existe um grande potencial para o desenvolvimento de centrais solares e eólicas, mas a falta de molduras regulamentares e legislativas são um impedimento para os investidores e assim vai continuar a médio prazo", escrevem os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist.

Numa nota enviada aos investidores sobre o milhão de dólares disponibilizado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para a produção de energias renováveis por produtores independentes, e a que a Lusa teve acesso, a EIU escreve que "apesar de o valor financeiro do empréstimo não ser significativo, o ênfase nas questões dos contratos e na capacitação é importante, assim como é importante a credibilidade adicional que surge da parceria com o BAD".

Angola, nota a EIU, "tem um clima favorável e grandes territórios com um grande potencial para energias renováveis", até porque mais de metade da electricidade gerada vem actualmente de fontes marítimas".

O Governo angolano quer aumentar de 40 para 60 por cento o número de casas com ligação à rede eléctrica, mas o nível de ligação à rede não passa dos 10 por cento nas zonas rurais, "o que dificulta o desenvolvimento da economia não petrolífera, o que se torna especialmente desafiante para os sectores da manufactura e do processamento alimentar", acrescenta a EIU.

O BAD anunciou este mês que vai emprestar um milhão de dólares a produtores independentes de energia de Angola para encorajar o investimento privado em energias renováveis.

As verbas do Fundo para a Energia Sustentável em África, gerido pelo BAD, "vão ser usadas para estabelecer um ponto único de implementação dos projectos, favorecendo a criação de um ambiente propício à realização de parcerias público-privadas e aumentar a 'bancabilidade' dos projectos", lê-se na nota divulgada hoje em Abidjan, a sede do BAD.

Para além disso, acrescenta a nota, o empréstimo em condições financeiras vantajosas vai também possibilitar "o aumento da capacitação, ao fornecer assistência técnica para os projectos, implementação e monitorização dos contratos".

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