"Neste momento já existe o projecto do segundo volume do dicionário, uma vez que estão em estudo mais 800 palavras para começar a elaboração do segundo volume", disse em declarações à agência Lusa, Jorge Pedro.
Segundo o responsável, dez anos depois da publicação do I volume do primeiro Dicionário de Língua Gestual Angolana, "novas palavras estão em estudo em função da evolução dos contextos sociais do país", daí o trabalho que está a ser desenvolvido pelos técnicos nesse domínio.
"O processo será tal como aconteceu com a primeira edição do dicionário. Daí que se elaborou esse projecto, com o levantamento a nível das províncias e recolha de todos os gestos que são feitos, para respectiva conformação em dicionário para ajudar as pessoas com deficiência auditiva", explicou.
O responsável informou também que está previsto para 2018, a introdução de intérpretes de língua gestual nos órgãos de comunicação e em outras instituições, agora com o respaldo da nova Lei de Base do Sistema de Ensino.
"Em termos oficiais não existia essa figura, e durante as eleições já se observaram os nossos técnicos na televisão a orientar os eleitores. Então neste momento temos o projecto de formação aos intérpretes e pensamos que já a partir do próximo ano a implementação será um facto", referiu.
No quadro das acções voltadas à educação de pessoas com necessidades especiais no país, Jorge Pedro disse também que o ensino especial em Angola será superintendido, a partir de 2018, pela "Política Nacional de Educação Especial Orientada para Inclusão Escolar".
"O atendimento educativo especial é uma das novidades que consta desta política, onde as crianças além de receber os conteúdos programáticos, todas as escolas deverão ter uma sala onde vão receber a psicoterapia. A política também fala das parcerias e foram ainda criados gabinetes provinciais de ensino especial", concluiu.