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Economia

Preço baixo do petróleo dificulta liquidez e financiamento do défice

Os países da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), incluindo Angola e Guiné Equatorial deverão sofrer problemas de liquidez devido às dificuldades de financiamento do défice devido aos baixos preços do petróleo.

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O relatório da agência de notação financeira Moody's, intitulado “Pressões de liquidez relacionadas com o petróleo vão enfraquecer ainda mais o perfil de créditos dos países da CEEAC”, ao qual a Lusa teve acesso, revela que os países desta comunidade “deverão enfrentar crescentes pressões de liquidez, à medida que lutam para financiar os grandes défices orçamentais, e com menos opções de financiamento”.

O documento enviado aos investidores não é uma acção de rating, mas antes uma opinião sobre um determinado sector, região ou área, e aborda o impacto da descida dos preços do petróleo nas economias desta comunidade económica e as suas implicações nas finanças públicas.

“Os persistentes défices motivados pelo petróleo vão continuar a criar grandes requisitos de financiamento; os governos registaram grandes défices orçamentais ao mesmo tempo que os preços estão em baixa, e já praticamente esgotaram as opções tradicionais de financiamento", comentou a analista sénior Lucie Villa.

O relatório revela que “os governos da CEEAC recorreram extensivamente ao financiamento dos bancos centrais, reservas orçamentais e os mercados regionais internacionais para financiar os seus défices desde 2014”. O mesmo documento acrescenta ainda que “a determinação dos esforços nos próximos meses vai determinar as trajectórias de crédito”.

A Moody's antevê que os governos dêem prioridade ao serviço da dívida face aos desafios de financiamento, mas “se os governos encontrarem dificuldades para cobrir os requisitos de financiamento, a Moody's espera que haja atrasos nos pagamentos, principalmente nos fornecedores de produtos e serviços” para as empresas públicas.

A descida do preço do petróleo desde meados de 2014 teve um impacto fortíssimo nas economias dependentes deste recurso natural, particularmente na África subsaariana, onde no caso de Angola e Guiné Equatorial representa a quase totalidade das exportações e a principal fonte de financiamento do Orçamento do Estado.

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