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Privados investem mais de três milhões para aumentar capacidade de pesca

Um investimento privado superior a três milhões de dólares foi Quarta-feira assinado em Luanda, entre o Ministério das Pescas e a empresa UNI-Angola.

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O valor global do projecto, que visa a aquisição de uma nova embarcação de pesca, aumentando para três o número de barcos, é de 3,7 milhões de dólares, dos quais 2,6 milhões são assegurados com capitais próprios do grupo.

O projecto, cujo contrato foi rubricado pela ministra das Pescas, Vitória Maria de Barros, e pelo director-geral da UNI-Angola, António Oliveira, visa a expansão da capacidade de captura, congelação e embalamento de peixe em alto mar.

Em declarações à imprensa no final da cerimónia, António Oliveira referiu que a embarcação, adquirida em Espanha e com uma capacidade de captura de cerca de 400 toneladas, deverá estar já em águas nacionais na próxima semana.

António Oliveira referiu que a empresa se dedica à pesca industrial, de arrasto, e vai proporcionar com a nova embarcação 40 postos de trabalho, 34 nacionais e seis expatriados de Portugal, Espanha e Indonésia.

A obtenção de divisas no momento actual de crise cambial tem sido a principal dificuldade no desenvolvimento da imprensa, segundo o responsável.

"É uma actividade que depende de compra de matéria-prima quase toda no exterior do país, muitos técnicos expatriados, porque estamos ainda num processo de formação de quadros nacionais e isso envolve que tenhamos que recorrer a todos os métodos para arranjarmos divisas e mantermos a nossa actividade", frisou.

De acordo com António Oliveira, o projecto conta com incentivos fiscais que estão patentes neste contrato, nomeadamente a redução de 62,5 por cento do pagamento do imposto industrial por um período de oito anos, a redução de 62,5 por cento do pagamento do imposto sobre a aplicação de capitais, também por oito anos, relativamente aos lucros e dividendos distribuídos aos sócios.

Em declarações à agência Lusa, a directora da Unidade Técnica de Apoio ao Investimento Privado, Paula Correia, referiu que este é o primeiro contrato assinado à luz da lei do investimento privado, salientando que existem outras 43 propostas já apresentadas.

A responsável sublinhou que todas as propostas apresentadas até ao momento necessitam de financiamento para a sua execução, pelo que estão em curso negociações com instituições bancárias para o efeito.

Segundo Paula Correia, 20 das propostas analisadas referem-se a projectos já em execução, que necessitam de financiamento para a expansão de negócios.

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