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População de focas aumentou mais de 12 por cento em três anos

A população de focas no país registou um crescimento de 12,4 por cento, em três anos, passando de 26.235 para 33.449, segundo um estudo de 2015 a que agência Lusa teve acesso Quinta-feira.

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O estudo, realizado no âmbito do programa científico da Comissão da Corrente de Benguela (BCC), realizou a última contagem de focas, na área da Baía dos Tigres, no sul do país, na expedição aérea de 2014.

De acordo com o documento agora conhecida, foram contabilizadas 33.449 focas, das quais 21.290 adultas e 12.159 crias.

O aumento acentuado de crias, entre 2011 e 2014, indica uma probabilidade alta da população de focas na Baía dos Tigres seja composta essencialmente por indivíduos jovens, com alta taxa de fertilidade.

A análise elaborada pelo Instituto de Investigação Pesqueira refere ainda que contrariamente às colónias de focas na Namíbia e na África do Sul, em Angola as colónias não sofrem predação de crias por parte de animais terrestres, sendo assim nula a sua mortalidade.

O documento acrescenta que a taxa de mortalidade das crias, nas primeiras semanas de vida na zona da Baía dos Tigres foi estimada em 4,7 por cento em 2005, não havendo mais dados disponíveis depois desse ano.

Nas águas angolanas, os principais predadores poderão ser os tubarões e ocasionalmente as orcas, adianta ainda o estudo.

"Análise dos otólitos recolhidos no âmbito do programa de recolha de dejectos de focas implementado em 2011 pelo Instituto Nacional de Investigação Pesqueira indica que na época quente nos dejectos das focas foram encontrados grande proporção de otólitos de sardinela, sardinha da África do Sul e picos de cefalópodes. Na estação fria, foram encontradas grandes quantidades de otólitos de carapau e gobidade", destaca a avaliação.

No início deste ano, o Governo voltou a permitir a captura de focas no país como em 2015, para garantir os recursos da pesca, tendo em conta que se alimentam de peixe.

A medida está prevista no documento sobre gestão das pescarias marinhas, da pesca continental e da aquicultura para o ano de 2016, que entrou em vigor a 15 de Janeiro e que define ser "permitida a captura de focas como forma de assegurar a gestão racional e sustentável dos recursos biológicos aquáticos", mas sem especificar as quantidades de captura permitidas.

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