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Saúde

Hospital Geral de Benguela separa gémeas siamesas que partilhavam o fígado

Duas gémeas siamesas com poucos dias de vida que partilhavam o mesmo fígado foram separadas cirurgicamente por uma equipa médica do Hospital Geral de Benguela, a primeira intervenção do género naquela unidade.

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O director do hospital, Eduardo Kedisobua, explicou hoje à Lusa que as gémeas estão a recuperar, embora ainda internadas nos cuidados intensivos da unidade neonatal, mas num quadro clínico que está a evoluir "satisfatoriamente".

"Correu tudo muito bem, estive agora a fazer os curativos e estão a recuperar. Mas não temos ainda previsão de alta para as meninas", disse o clínico.

A intervenção cirúrgica, realizada no sábado, obrigou à divisão do fígado pelas duas gémeas e mobilizou 15 médicos de várias especialidades, liderados pelo próprio director do hospital e médico-cirurgião, Eduardo Kedisobua, tendo sido concretizada aos sete dias de vida dos bebés.

"A operação levou três horas e meia e mobilizou muita gente. No final ficamos muito satisfeitos com o sucesso alcançado", acrescentou Eduardo Kedisobua.

Além do fígado, que apesar de dividido pode agora regenerar-se, as gémeas angolanas estavam unidas pelo esterno, mas tinham sistemas biliares independentes, o que facilitou a intervenção cirúrgica de separação, explicou o clínico, em declarações à Lusa.

Ainda segundo a informação prestada pelo director do hospital de Benguela, foi a primeira vez que aquela instituição realizou uma intervenção do género e a terceira em todo o país.

Inaugurado em 2010, o Hospital Geral de Benguela conta com mais de 600 camas e seis blocos de cirurgia, sendo a unidade sanitária de referência para toda a região centro-oeste do país, com mais de mil profissionais.

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