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Economia

Receitas do Estado caíram 65 por cento em Junho devido à crise do petróleo

As receitas do Estado atingiram em Junho os 200 mil milhões de kwanzas, uma descida de 65 por cento face ao mesmo mês de 2014, fortemente influenciada pela crise internacional da cotação do petróleo.

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A informação resulta de dados preliminares do Ministério das Finanças de Angola sobre a execução orçamental de Junho, compilados hoje pela agência Lusa, que indicam também uma forte recuperação das receitas (+223 por cento) face ao mês anterior, de Maio.

Angola enfrenta uma crise financeira, económica e cambial decorrente da forte quebra (cerca de 50 por cento) das receitas com a exportação de petróleo, devido à redução da cotação do barril de crude no mercado internacional e à entrada de divisas no país.

No total do mês de Junho, o Estado angariou 200 mil milhões de kwanzas em receitas correntes e de capital (sobretudo operações de crédito), contra os 570 mil milhões de kwanzas.

No sentido inverso, no mesmo mês, as despesas totais do Estado ascenderam a 300 mil milhões de kwanzas, uma redução de 48 por cento face a Junho de 2014. Comparativamente com o mês anterior de Maio, a despesa do Estado cresceu 50 por cento, no espaço de um mês, atingindo desta forma o valor mais alto de 2015.

A relação entre os totais de receita e despesa, tendo em conta os dados preliminares da execução orçamental, indicam que Angola terá registado um défice de cerca de 98 mil milhões de kwanzas nas contas públicas de Junho.

O Presidente José Eduardo dos Santos, anunciou a 02 de Julho um aumento da despesa pública no segundo semestre deste ano, depois dos cortes na revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) devido à crise do petróleo.

Disse, na altura, que as receitas públicas "aumentaram ligeiramente" até ao final do primeiro semestre, melhoria que relacionou com a subida das receitas dos sectores petrolífero e não-petrolífero, mas também com a aprovação de várias linhas de financiamento ao Estado.

O peso do petróleo nas receitas fiscais cifrou-se em 2014 em cerca de 70 por cento, mas deverá cair este ano para 36,5 por cento, o que levou o Governo a rever o OGE em Março último, cortando um terço em todas as despesas públicas.

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