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Ambiente

Angola avança com 1,2 milhões para barragem hidroeléctrica comum com a Namíbia

Angola vai disponibilizar 1,2 milhões de dólares para o arranque da construção de uma barragem comum com a Namíbia, na bacia do rio Cunene, capaz de gerar 600 MegaWatts (MW) de electricidade.

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O financiamento foi formalizado num despacho do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, datado de 19 de Agosto e ao qual a Lusa teve hoje acesso.

A barragem de Baynes foi apresentada em Novembro, em Luanda, pelos governos dos dois países e o projecto passa agora a ter um gabinete da parte angolana para "finalizar as questões pendentes" sobre o seu financiamento, gestão e execução, com um orçamento de 405.000 dólares. Acrescem 835.298 dólares (748 mil euros), segundo o mesmo despacho, para "conclusão de todas as questões pendentes" identificadas nos estudos de viabilidade na parte angolana do rio Cunene, fronteira natural entre os dois países.

O futuro Aproveitamento Hidroeléctrico de Baynes, que abrange parte da província do Namibe, será repartido pelos dois países, em termos de electricidade produzida e de 30 por cento do investimento total necessário, segundo as conclusões do estudo de viabilidade da comissão técnica conjunta. Os restantes 70 por cento do investimento deverão ser garantidos através de financiamento bancário.

Com um prazo de construção estimado em sete anos, esta barragem será de enrocamento com betão, terá uma altura de 200 metros e um comprimento de coroamento superior a um quilómetro, além de uma capacidade para armazenar 2560 milhões de metros cúbicos de água, numa albufeira com 40 quilómetros de comprimento.

Tendo em conta as características do projecto, apresentado como exemplo de integração regional, a electricidade gerada, dada a capacidade de resposta da barragem em picos de consumo, poderá ainda ser exportada para outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, face à interligação das redes energéticas da região.

O estudo de impacto ambiental permitiu concluir a necessidade de uma "negociação" entre os dois governos e o povo Himba, que ocupa aquela área. Também a obrigação de retirada de cerca de 60 pessoas que habitam na zona da futura albufeira.

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