A troca de notas foi assinada entre o embaixador do Japão em Angola, Sano Hiroaki, e o director da Direção de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores, José da Silva.
De acordo uma nota de imprensa da embaixada do Japão em Angola, em Angola a taxa de penetração da rede móvel 4G e da Internet mantém-se abaixo de 40 por cento, o que faz com que a televisão continue a ser uma fonte valiosa de informação para a população.
“Actualmente, a emissão televisiva no país é feita em sistema analógico, predominantemente em língua portuguesa. No entanto, cerca de 70 por cento da população utiliza diversas línguas nacionais (étnicas), o que gera uma elevada procura por legendagem e transmissão multilingue – características da norma japonesa de transmissão digital terrestre”, é referido na nota.
Para o Governo japonês, este projecto reveste-se de importância pelo facto de Angola ser um país vulnerável a desastres naturais, sendo necessária a implementação da radiodifusão de alertas de emergência para permitir uma comunicação mais eficaz e eficiente de informações meteorológicas e de prevenção de desastres, “tornando premente a adopção do sistema digital terrestre”.
Este projecto contempla a instalação e modernização de infraestruturas e equipamentos de transmissão digital terrestre, nas estações transmissoras de Viana e do Palácio da Justiça na Cidade Alta, província de Luanda, bem como na estação de Sombreiro, na cidade de Benguela, pretendendo-se com isso “melhorar o acesso da população angolana à informação, reduzindo assim a desigualdade no acesso a conteúdos televisivos e informativos”.
Esta assistência será implementada através da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, sigla em inglês), que já vem colaborando com o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de Angola, neste setor.
Depois da Troca de Notas, o Governo de Angola e a JICA vão assinar um Acordo de Doação (Grant Agreement).
A cooperação no “Projecto de Desenvolvimento da Rede de Transmissão de Televisão Digital Terrestre” decorre em três fases, designadamente a Elaboração do Plano; Desenvolvimento de Infraestruturas e Fornecimento de Equipamentos e Atividades de Sensibilização e Divulgação junto dos Telespectadores.
