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João Lourenço pede oportunidades iguais para as mulheres que podem “pôr em evidência todo o seu potencial”

O compromisso do Governo em implementar políticas que valorizam o papel das jovens mulheres na sociedade foi reiterado por João Lourenço, Presidente da República, durante o seu discurso na abertura da Conferência da Organização das Primeiras-Damas para o Desenvolvimento (OPDAD), decorrida esta Sexta-feira, subordinada ao lema “A Educação para a Igualdade de Género e a Luta contra a Violência Infanto-Juvenil”.

: Joaquina Bento/Angop
Joaquina Bento/Angop  

Na ocasião, o chefe de Estado destacou o facto de ser preciso contruir uma sociedade inclusiva e com dinamismo, dando às jovens mulheres encargos num contexto de igualdade de género.

Segundo João Lourenço, se forem fornecidas "oportunidades iguais de aprendizagem e de formação" está-se a "munir as jovens mulheres de ferramentas que as podem ajudar a pôr em evidência todo o seu potencial".

"Ao fornecermos oportunidades iguais de aprendizagem e de formação, estamos a munir as jovens mulheres de ferramentas que as podem ajudar a pôr em evidência todo o seu potencial e, assim, contribuir plenamente para a construção de uma sociedade inclusiva e dinâmica", declarou, citado pela Angop.

João Lourenço garantiu que este é um dos propósitos Governo que, apesar dos desafios e dificuldades enfrentados pelo país, tem buscado a implementação de políticas que atribuem valor ao papel da mulher na sociedade, concedendo-lhes responsabilidades num contexto de igualdade de género.

Na sua intervenção, o chefe de Estado considerou essencial compreender que a construção de sociedades "em que sejamos de facto iguais faz parte de um processo no qual governantes, políticos, agentes sociais e culturais e os cidadãos, de uma maneira geral, devem assumir em consciência um papel responsável e activo na edificação desta arquitectura social dos tempos modernos".

Nesse sentido, João Lourenço deixou a recomendação de que não deve haver mais espaço para qualquer forma de discriminação económica, no trabalho, no acesso à educação, aos serviços de saúde e emprego.

Assim, na ocasião, pediu aos participantes no certame a identificarem e estabelecerem juntos os instrumentos e metodologias que podem vir a contribuir para reduzir disparidades, tendo realçado as de género, que ainda perduram globalmente e especialmente no continente, por meio de uma conversa aberta e inclusiva, tendo em vista auxiliar na construção de uma visão clara e coincidente sobre como assegurar a criação de sociedades onde mulheres e meninas se sintam totalmente incluídas e em pé de igualdade, escreve a Angop.

Para o Presidente da República, é insuficiente apenas criar ideias e conceitos bem recebidos teoricamente, mas que falhariam na prática devido à falta de mecanismos e normas que promovam a mudança de mentalidade daqueles que se opõem aos bons comportamentos sociais.

Sobre a campanha ora lançada, disse que obriga a pensar nos pilares sobre os quais a ideia "se vai sustentar": "Obriga-nos a pensar nos pilares sobre os quais esta grande ideia se vai sustentar, sendo a educação a que desempenha o papel fundamental na promoção da igualdade de género e no empoderamento das mulheres desde a tenra idade", apontou.

O chefe de Estado também disse ser crucial que a educação fomente valores como o respeito, igualdade e diversidade, a fim de colmatar estereótipos de género e fomentar relacionamentos saudáveis.

"É importante agir-se ao nível das famílias, das escolas e das comunidades, no sentido de se promover permanentemente entre os jovens, meninas e rapazes, a cultura da não- discriminação, para que se elimine a ideia absurda da superioridade do homem sobre a mulher, preconceito que está quase sempre na base da violência física e psicológica, dos maus-tratos morais e de outros abusos", referiu, citado pela Angop.

Na sua intervenção falou também da construção de um modelo ideal de sociedades que sejam inclusivas e igualitárias, considerando que para isso é preciso um esforço conjunto entre instituições públicas, privadas e sociedade civil, onde mulheres e meninas, ao conhecerem os seus direitos e estarem preparadas para os defender, desempenham um papel fundamental ao denunciarem sem receito às autoridades situações de assédio e abuso.

Entre outros aspectos, 'jogou' novamente a carta da paz, pedindo às primeiras-damas presentes no acto a unirem as suas vozes às de muitas outras mulheres no mundo que pedem o fim de vários conflitos armados que se vivem actualmente, como é o caso da República Democrática do Congo, etc.

Segundo a Angop, deixou ainda votos de um caminho de trabalho produtivo, com desfechos que possam causar um impacto positivo e duradouro na alteração de comportamentos que precisa de acontecer de forma célere "para se construir a sociedade em que possamos dizer que, realmente 'Somos Todos Iguais'".

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