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Polícia dispersa jovens que provocaram desacatos por dívidas de partidos

A polícia foi obrigada a intervir esta Quinta-feira de manhã para travar distúrbios e actos de vandalismo junto a alguns partidos, na cidade de Luanda, onde alguns jovens contratados tentaram cobrar o pagamento prometido pela participação eleitoral.

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Vídeos partilhados nas redes sociais mostraram, no centro da cidade, um grupo de jovens a correr e a arremessar pedras nas imediações da Avenida de Portugal, onde se localiza a embaixada portuguesa, tendo sido entretanto dispersados pela polícia.

A "movimentação de cidadãos", deveu-se segundo Orlando Bernardo, porta-voz do posto de comando de segurança das eleições, a problemas com os partidos nos quais se inscreveram para serem delegados de lista e outras actividades eleitorais.

O responsável descartou que os distúrbios estivessem relacionados com o anúncio dos resultados provisórios, que dão vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no país, sendo Luanda conquistada pelo rival União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), pela primeira vez.

Os jovens terão sido contratados pelos partidos políticos e tentavam cobrar o pagamento dos serviços que prestaram neste período, principalmente no dia 24, acções que se traduziram "num vandalismo muito preocupante", tendo sido "utilizados meios que põem em causa o bem público".

Levou a que as forças policiais tomassem conta das situações e repusessem a ordem, com o porta-voz a apelar aos partidos políticos que "têm esses pendentes" que tenham uma atitude responsável e tratem de resolver o problema com os cidadãos, apontando nomeadamente a Aliança Patriótica Nacional (APN) e a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA)

Se os "vândalos persistirem nessa atitude cair-vos-á a mão pesada da polícia nacional", avisou, pedindo aos partidos que regularizem a situação e a quem protesta que encontre outros meios de o fazer.

Indicou ainda que não há registo de feridos.

Durante o dia das eleições, acrescentou, tudo decorreu com normalidade em termos de segurança pública.

Segundo Orlando Bernardo, o país "está calmo, está tranquilo", pelo que não há preocupações de segurança pública, embora as forças mantenham o estado de prontidão.

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