O comunicado assinado pelo Comandante das Forças Armadas de Cabinda (FAC), tenente-general Bernardo João, refere que uma viatura militar das FAA foi atacada por combatentes cabindenses na estrada que liga as vilas de Buco-Zau e Dinge, fazendo 12 mortos e vários feridos do lado das forças angolanas, na noite de Terça-feira para Quarta-feira.
Esta manhã, na picada que conduz à aldeia de Chimbanza, região de Necuto, sete soldados das FAA, que patrulhavam a zona foram mortos num confronto em que as FAC perderam também um combatente.
A última notícia que dava conta de mortes na região data de Junho quando a organização independentista do enclave angolano de Cabinda comunicou a morte de dois civis num ataque das Forças Armadas Angolanas (FAA) a uma posição das FAC.
A FLEC mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo angolano, alegando que o enclave era um protectorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.
No entanto, o Governo recusa reconhecer uma situação de instabilidade naquela província, e não confirma a existência de mortes entre o seu exército, sublinhando sempre a unidade do território.