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CNE sem reclamações sobre resultados das eleições e indefere reclamações sobre actas

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou esta Terça-feira que não recebeu qualquer reclamação de partidos políticos sobre os resultados definitivos das eleições de 24 Agosto e indeferiu liminarmente reclamações sobre actas apresentadas pela UNITA e CASA-CE.

: Lusa
Lusa  

A informação foi transmitida pelo porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, no final da sessão plenária que sucedeu à publicação dos resultados definitivos do escrutínio nacional, dando conta que o plenário apreciou três reclamações e nenhuma estava relacionada com os resultados das eleições.

Segundo Lucas Quilundo, a Convergência Ampla de Salvação de Angola–Coligação Eleitoral (CASA-CE), pretendia, na sua reclamação, que a CNE fizesse a afixação das actas sínteses nas assembleias de voto

"E é claro que não tendo o requerente indicado, como determinada a lei orgânica das eleições gerais, que impõe a necessidade de fundamentação e provas dos factos que alega, o plenário da CNE indeferiu esta reclamação", disse aos jornalistas.

Duas reclamações da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) foram igualmente apreciadas e indeferidas pelo plenário do órgão eleitoral.

"Uma segunda reclamação da UNITA, subscrita pelo seu mandatário, pretendia-se que se pudesse constar ou fazer-se consignar na acta do apuramento das eleições gerais uma reclamação", explicou Lucas Quilundo,

A recusa, argumentou o comissário nacional da CNE, "deveu-se do facto da mesma ter sido colocada fora de tempo, ou seja, a intenção do mandatário da UNITA em fazer constar da acta a sua reclamação que na altura se desconhecia".

"Não pode ser atendida na medida em que a acta de apuramento nacional já se encontrava aprovada sem qualquer contestação pelo que a matéria não poderia constar", salientou.

O plenário da CNE indeferiu ainda uma reclamação da UNITA, subscrita pelo seu mandatário junto da Comissão Provincial Eleitoral do Moxico, leste do país, que pretendia ver corrigidos resultados obtidos pelo seu partido naquele círculo eleitoral.

"E não foi atendida por falta de legitimidade deste mandatário, na medida em que sendo ele do Moxico não tem legitimidade para arguir junto do plenário da CNE e por esses factos, as mesmas foram liminarmente indeferidas", sustentou Lucas Quilundo.

O presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, divulgou na Segunda-feira a acta de apuramento final das eleições gerais de 24 de Agosto, que proclamou o MPLA e o seu candidato, João Lourenço, como vencedores com 51,17 por cento dos votos, seguido da UNITA com 43,95 por cento.

Com estes resultados o MPLA elegeu 124 deputados e a UNITA elegeu 90 deputados, quase o dobro das eleições de 2017.

O Partido de Renovação Social (PRS) conquistou dois assentos no parlamento ao somar 1,14 por cento de votos dos eleitores, mesmo número de deputados conquistaram a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e o Partido Humanista de Angola (PHA) com 1,06 por cento e 1,02 por cento de votos, respectivamente.

A coligação CASA-CE, a APN e o P-Njango não obtiveram assentos na Assembleia Nacional, que na legislatura 2022-2017 vai contar com 220 deputados.

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