"Angola realiza as suas quintas eleições gerais no dia 24 de Agosto, tendo sido decretado tolerância de ponto em todo o território nacional; recomenda-se a adopção de uma postura vigilante, desaconselhando-se a presença junto de grandes aglomerados de pessoas", lê-se no aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros aos portugueses naquele país africano.
De acordo com a página do Portal das Comunidades Portuguesas, os portugueses devem manter-se informados e seguir "as instruções que venham a ser definidas pelas autoridades locais neste período".
Também a congénere francesa recomendou atenção aos seus emigrantes em Angola, salientando numa nota que "dado o risco de incidentes, aconselha-se a exercer vigilância extrema, a ficar longe de qualquer aglomeração e, se possível, evitar viagens desnecessárias".
Como os resultados só serão divulgados até 8 de Setembro, na página da secção consular de França em Angola diz-se que, "neste contexto, é provável que comícios ou manifestações espontâneos ou organizados de dimensões variadas ocorram antes, durante ou depois das eleições, em vários lugares da capital e/ou do país".
Também a China alertou os seus compatriotas sobre o efeito da potencial instabilidade eleitoral nos seus cidadãos, aconselhando-os a reduzirem "as actividades no exterior" devido à "crescente instabilidade e incerteza da situação de segurança" causada pela campanha para as eleições gerais.
Segundo o jornal HojeMacau, a embaixada alertou os chineses através da rede social WeChat, recomendando-lhes que tenham "muita atenção à situação de segurança local antes e depois das eleições, além de reforçarem a protecção e a vigilância".
O comunicado sugeriu ainda aos chineses residentes em Angola que "evitem deslocar-se a locais sensíveis ou com muita gente", assim como realizar todo o tipo de eventos ou participar em acções eleitorais.
Mais de 14 milhões de angolanos, incluindo residentes no estrangeiro, estão habilitados a votar a 24 de Agosto, na que será a quinta eleição da história do país.