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Eleições: embaixada chinesa preocupada com segurança durante a campanha

A embaixada da China em Luanda aconselhou os chineses residentes em Angola a reduzirem “as actividades no exterior” devido à “crescente instabilidade e incerteza da situação de segurança” causada pela campanha para as eleições gerais.

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Num comunicado publicado na rede social chinesa WeChat, a embaixada alertou as empresas e cidadãos chineses para "prestarem muita atenção à situação de segurança local antes e depois das eleições, além de reforçarem a protecção e a vigilância".

O comunicado divulgado na Terça-feira sugeriu ainda aos chineses residentes em Angola que "evitem deslocar-se a locais sensíveis ou com muita gente", assim como realizar todo o tipo de eventos ou participar em acções eleitorais.

Na Segunda-feira, também uma associação de empresários do nordeste da China radicados em Angola tinha demonstrado preocupação com a segurança pública durante a campanha eleitoral, segundo o Hua Qiao Zai Xian, um portal noticioso de língua chinesa.

Poucas horas depois, o WeChat censurou a notícia, explicando que, "após queixas de utilizadores", concluiu que "este conteúdo é suspeito de violar leis, regulamentos e políticas relevantes".

Na semana passada, cidadãos de Luanda disseram à Lusa temer os "focos de intolerância" que se notam no "ambiente de festa" da campanha eleitoral na capital.

"Tem um fundo histórico de situações que o país já viveu e não é bom neste ano, nessa quinta festa democrática do país", disse Euclides José Monteiro.

O professor de 32 anos referia-se à longa guerra civil, de quase 30 anos, entre a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola).

Na Terça-feira, o director-geral da campanha eleitoral da UNITA, Lukamba Paulo "Gato", recusou qualquer possibilidade do regresso à guerra no país.

Angola realiza no dia 24 as suas quintas eleições gerais da sua história, sempre ganhas pelo MPLA.

A UNITA aposta na alternância apresentando uma lista em que integra elementos da sociedade civil e de outras forças políticas, incluindo ex-militantes do MPLA, no que tem designado como Frente Patriótica Unida.

Mais de 14 milhões de eleitores, residentes em Angola e no exterior, serão chamados a escolher um novo Presidente e representantes na Assembleia Nacional numa eleição que se prevê muito disputada entre os dois principais adversários, MPLA e UNITA, e à qual concorrem sete partidos e uma coligação.

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