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Energia da rede pública chega ao terminal de contentores do Porto do Lobito

O terminal de contentores do Porto do Lobito está, desde a passada Segunda-feira, a beneficiar de energia da rede pública, com a entrada em funcionamento de um posto de transformação de energia.

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Este posto, cujo o arranque aconteceu oito anos após ter sido inaugurado, possui uma capacidade de 15 kilovolts e irá 'iluminar' os postes de luz para simplificar o trabalho durante a noite. Além disso, fará igualmente com que as gruas mais pesadas funcionem.

Este equipamento contou com um investimento na ordem dos 65 milhões de kwanzas, segundo Joaquim Sobrinho, administrador para a área técnica e segurança daquela empresa portuária, citado pela Angop.

Por sua vez, José Lopes, director de exploração de alta e média tensão da Empresa Nacional de distribuição de Energia (ENDE), esclareceu que "a rede pública a nível do Lobito e Benguela usa dois tipos de tensão, que são de 30 e 20 kilovolts, enquanto que no porto está instalado um sistema de apenas 15 kilovolts".

"Felizmente foi encontrado o equipamento com esta capacidade e o problema ficou ultrapassado", disse, também citado pela Angop.

Já Celso Rosas, presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, considerou que esta medida vai ajudar a empresa a poupar nos "custos com energia", pois eram desembolsados anualmente cerca de 50 milhões de kwanzas em combustíveis e outros fluidos para geradores.

Assim, indicou que por ano poderão poupar cerca de 30 milhões de kwanzas. "Com este investimento, o Porto irá reduzir significativamente os custos com energia, passando a poupar anualmente um valor estimado em 30 milhões de kwanzas, o que irá refletir-se de forma directa nos serviços prestados aos nossos clientes", referiu, também citado pela Angop.

Aproveitou ainda para explicar que a empresa vende serviços e que o valor da energia acaba por pesar na conta final. Ou seja, com a empresa a operar somente com energia de gerados os seus serviços tinham um valor mais elevado, ajudando a uma escassez de competitividade por parte da empresa.

Finalizou mencionando os impactos da covid-19 e das oscilações cambiais que, de acordo com o responsável, influenciaram negativamente as receitas, uma vez que as taxas portuárias se encontram indexadas ao dólar, escreve a Angop.

Para encontrar uma solução, o Conselho de Administração teve de avançar com investimento prioritário na rede pública para o exercício dos terminais (contentores, mineraleiro e do Porto Seco).

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