De acordo com os dados enviados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), com base em informação do INE, as exportações portuguesas de bens para Angola aumentaram para 638,7 milhões de euros entre Janeiro e Junho deste ano, uma subida de 52,8 por cento face aos 417,9 milhões de euros registados entre Janeiro e Junho de 2021.
Já as importações de bens dispararam 548 por cento, ascendendo a 432,7 milhões de euros entre Janeiro e Junho, muito acima dos 66,8 milhões de euros do período homólogo.
Deste modo, o saldo da balança comercial de bens de Portugal com Angola cifrou-se em 205,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que compara com os 351,1 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.
Entre Janeiro e Junho, Angola manteve-se como o 9.º cliente das exportações de bens portugueses, com uma quota de 1,64 por cento, sendo o 18.º fornecedor de Portugal, com uma quota de 0,18 por cento.
Os dados cedidos pela AICEP revelam ainda que, durante o período de referência, Angola contribuiu em 0,71 pontos percentuais (pp) para o crescimento das exportações globais de Portugal.
A liderar as exportações portuguesas para Angola estão as máquinas e aparelhos, com um aumento de 40,5 por cento face ao período homólogo para 183,3 milhões de euros e representando 28,7 por cento dos produtos exportados para este país.
Seguem-se os químicos (72,9 milhões de euros), os produtos agrícolas (71 milhões de euros), os metais comuns (59 milhões de euros) e produtos alimentares (57 milhões de euros).
Entre os maiores aumentos face ao período homólogo destaque para as peles e couro, com um crescimento de 166 por cento, para 2,3 milhões de euros, ainda que representando apenas 0,4 por cento dos bens portugueses exportados para Angola até Junho, e para o calçado, com um aumento de 134 por cento para quatro milhões de euros, representando 0,6 por cento do total.
Já de Angola, Portugal importou 418,9 milhões de euros em combustíveis minerais, um aumento de 670 por cento face ao período homólogo, representando 96,8 por cento do total de importações deste país, acima dos 81,4 por cento que este grupo de produtos representou no primeiro semestre do ano passado.
