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Standard Bank Angola prepara entrada na bolsa de Luanda

O presidente do Standard Bank Angola, Luís Teles, disse à Lusa que o banco vai entrar na bolsa de Angola "nos próximos dois a três anos", depois da estabilização da estrutura accionista deste grupo financeiro africano.

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"Sim, o Standard Bank pode ser um dos bancos a cotar na bolsa de Angola, temos algum trabalho ainda para fazer para nos prepararmos, mas não vejo por que razão o banco não possa cotar uma percentagem do seu capital na Bodiva", disse Luís Teles, em entrevista à Lusa, à margem da conferência sobre investimentos em Angola e Moçambique, que decorreu na semana passada em Lisboa.

Questionado sobre o prazo para a entrada na bolsa de Angola, o banqueiro respondeu: "Depende de outras situações accionistas que o banco está neste momento em processo de resolução, mas assim que a situação accionista estiver estabilizada, o banco terá interesse em concretizar uma listagem nos próximos dois a três anos".

O Standard Bank tem sede na África do Sul e é o maior banco a operar em África, estando a funcionar em Angola há mais de 12 anos e em Moçambique há mais de 100 anos.

"O banco tem muita experiência no mercado de capitais, tem muita competência nessa área", salientou Luís Teles, lembrando que tem estado "na linha da frente para promover o desenvolvimento do mercado de capitais em Angola, primeiro sendo um operador de referência, transaccionando em nome próprio ou de clientes em mercado secundário, em mercado primário, de dívida pública, e fazendo a primeira emissão de dívida corporativa cotada em kwanzas".

Além disso, acrescentou, tem "apoiado o IGAP no programa de privatizações e apoiou a assessora da venda do BCI e vai continuar a apoiar investidores internacionais", depois de ter intermediado a primeira aquisição de dívida pública angolana em kwanzas, por investidores estrangeiros, algo que já voltou a acontecer.

"Vamos ter mais bancos cotados nos próximos meses, e algumas empresas também", concluiu.

Em Angola, Luís Teles considera que existe uma "retoma clara" da economia, fruto das reformas introduzidas nos últimos anos e que está agora a dar frutos.

"A economia está a passar por uma enorme transição, não só de composição do PIB, com mais diversificação, uma aposta mais clara nos sectores mineiro, agrícola, a industrialização do país, com políticas muito focadas e muito incisivas, e já há bons sinais, como a queda das taxas de juro e da inflação, uma situação muito mais folgada a nível de endividamento público, o PIB a crescer de forma mais sustentada do que no passado, é uma fase de retoma clara", salientou.

Isto, concluiu, traduz-se na avaliação das agências de notação financeira: "As agências de 'rating' estão a dar sinais positivos do ponto de vista do 'outlook' e até uma potencial subida do 'rating', o que é muito bom porque permite mais fontes de financiamento e a um custo mais baixo e dá outras opções".

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