Segundo o decreto presidencial 182/21, citado pelo Expansão, o processo de alienação das empresas que no passado pertenceram aos generais deverá arrancar ainda este ano.
A gráfica Damer abriu portas em 2008 e ainda se encontra a funcionar. Situada no Talatona, a gráfica resultou de um investimento de 35 milhões de dólares. Já as restantes fábricas encontram-se paradas.
A cimenteira contou com um investimento de 800 milhões de dólares enquanto a fábrica de cervejas resultou de um investimento de 180 milhões de dólares, escreve o Expansão.
Apesar da alienação destes activos, especialistas citados pelo Expansão, consideram que, tendo em conta o estado actual dos bens, o Estado não conseguirá recuperar o dinheiro investido nos activos.
"No estado em que estas empresas se encontram, com excepção da Damer, dificilmente vão ser vendidas ao preço que custaram, para recuperar o que foi gasto na constituição das mesmas. Já vivemos este cenário com a privatização de algumas empresas da Zona Económica Especial onde o valor arrecadado ficou longe das pretensões do IGAPE", considerou o economista José Serôdio, citado pelo Expansão.
Recorde-se que os generais entregaram, no ano passado, um conjunto de empresas e edifícios ao Serviço Nacional de Recuperação de Activos. Os bens passaram assim a "integrar, de forma definitiva, a esfera patrimonial do Estado".